A iniciativa para dar um novo nome à zona da embaixada dos EUA em Moscovo visa homenagear os “heróis que hoje combatem o nazismo” na região ucraniana onde se situam os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, em guerra com Kiev em 2014.

Ao anunciar a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava a responder a um pedido de ajuda dos líderes pró-Moscovo das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, não reconhecidas pelas autoridades ucranianas nem pela comunidade internacional.

“Os russos devem lembrar-se das pessoas que defenderam as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, da sua coragem e heroísmo”, disse o vice-presidente da assembleia de Moscovo, Stepan Orlov, do partido Rússia Unida.

Segundo Orlov, a zona da cidade não foi escolhida por acaso, dado que já inclui monumentos de homenagem a “feitos heroicos dos soldados russos” na Segunda Guerra Mundial ou no Afeganistão.

Para justificar a proposta, os deputados lembraram que “em alguns países pouco amigos da Rússia, as ruas e praças estão a ser renomeadas em honra da Ucrânia e dos heróis ucranianos”.

Referiram, como exemplos, a Lituânia, a República Checa e a Letónia, que disseram ter mudado os nomes das ruas próximas das embaixadas da Rússia para “Rua dos Heróis Ucranianos”, nos casos de Vílnius e Praga, e “Rua Independência da Ucrânia”, em Riga.

O serviço de imprensa da assembleia moscovita disse que a proposta será considerada pelo departamento de património da capital russa.

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