Desta forma, a Assembleia Geral, onde o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa fará também uma intervenção, aprova a recomendação do Conselho de Segurança, definida e adotada a 08 deste mês por unanimidade, para a recondução de António Guterres, numa sessão marcada para as 09:00 locais (14:00 em Lisboa).

“Está previsto que [Marcelo Rebelo de Sousa] profira uma intervenção na sessão plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas que confirmará a designação do secretário-geral português para um segundo mandato à frente da ONU”, indicou a Presidência da República numa nota publicada quarta-feira no seu site oficial.

Segundo a mesma nota, durante a estada de um dia em Nova Iorque, o Presidente português manterá vários encontros bilaterais, incluindo com o secretário-geral, António Guterres, e com o presidente da 75.ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, o turco Volkan Bozkir.

Depois de a Assembleia Geral proceder à aprovação e confirmação formal da escolha, António Guterres vai tomar posse como secretário-geral pela segunda vez, para um mandato até final de 2026.

O final do segundo mandato assinalará 10 anos desde que António Guterres tomou posse como secretário-geral da ONU, em dezembro de 2016.

A 08 deste mês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, com 15 Estados-membros, aprovou por unanimidade um documento que seguiu para a Assembleia Geral, de 193 Estados-membros, para recomendar a recondução de António Guterres no cargo de secretário-geral.

A recandidatura de António Guterres, para que o antigo primeiro-ministro português e antigo alto-comissário da ONU para os Refugiados se disponibilizou no início deste ano, foi oficialmente anunciada pelo Governo português a 24 de fevereiro, com uma carta assinada pelo atual chefe de Governo, António Costa, e endereçada aos dois órgãos da ONU.

Em março, António Guterres divulgou a sua visão para um segundo mandato e, a 07 de maio, apresentou-se para uma sessão de diálogo informal na Assembleia Geral, onde respondeu a perguntas dos Estados-membros e sociedade civil sobre como pretende dirigir as Nações Unidas nos próximos cinco anos e onde ouviu elogios vindos de representantes dos mais variados países pelo seu primeiro mandato.

Na altura, o secretário-geral propôs-se continuar no cargo como “construtor de pontes” e “intermediário honesto”, com o objetivo de enfrentar “riscos existenciais”, como a crise climática, degradação ambiental, desigualdades, ciberataques, proliferação nuclear, ou violações de direitos humanos.

“O secretário-geral sozinho não tem todas as respostas, nem procura impor seus pontos de vista”, afirmou António Guterres em maio, defendendo o apoio mútuo entre a ONU e os 193 Estados-membros, posicionando-se como “convocador, um mediador, um construtor de pontes e um intermediário honesto” para ajudar a encontrar “soluções que beneficiem a todos”.

Satisfeito com “alguns progressos”, Guterres declarou ser preciso “superar alguns dos legados do século 20 e uma série de contradições” na ONU, como as guerras e “conflitos que são mais complexos que nunca”.

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