“Amanhã iremos abster-nos. Há uma grande diferença entre a IL e o Chega, bem patente nesta moção de censura”, afirmou Rodrigo Saraiva, em declarações aos jornalistas, no parlamento.

Para o líder parlamentar liberal, com um Governo em funções há três meses e apesar de já haver "muita coisa para criticar" na ação do executivo de António Costa, sobretudo naquilo que "é a degradação generalizada dos serviços públicos", esta "vai ser uma moção de censura inconsequente".

"É apenas mais um foguetório e uma corrida de 100 metros que o partido Chega nos tem habituado. Nós vamos estar aqui uma legislatura para fazer a crítica e a oposição que o Governo precisa e não com uma moção que é inconsequente", enfatizou.

Outra das diferenças marcadas por Rodrigo Saraiva em relação ao Chega tem a ver com o facto de o partido liderado por André Ventura estar "muito preocupado apenas com as pessoas" que ocupam os ministérios, "como se a mudança de pessoas mudasse alguma coisa".

"Chegaram a dizer que se o primeiro-ministro demitisse a ministra da Saúde e o ministro das Infraestruturas, retirariam a moção de censura, e a Iniciativa Liberal está muito mais preocupada com as políticas. Nós queremos é que mudem políticas e não basta mudar as pessoas", salientou.

A moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega vai ser debatida na Assembleia da República na quarta-feira, confirmou hoje a reunião extraordinária da conferência de líderes parlamentares.

Uma vez que o Chega apresentou a moção de censura na sexta-feira, os três dias previstos no Regimento da Assembleia da República cumpriam-se na quarta-feira.

“Nesse sentido, a moção de censura teria de ser agendada para o dia de amanhã [quarta-feira], o que aconteceu”, confirmou a porta-voz da conferência de líderes, a deputada do PS Maria da Luz Rosinha.

A conferência de líderes ajustou ainda os trabalhos parlamentares dos próximos três dias.

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