Nos últimos 12 meses, até setembro deste ano, inscreveram-se 18.494 portugueses, enquanto que entre setembro de 2016 e setembro de 2017 tinham-se registado 25.238 portugueses, de acordo com as estatísticas publicadas pelo ministério do Trabalho e Pensões britânico.

O número de Segurança Social é um requisito legal para se poder trabalhar ou receber alguns subsídios no Reino Unido e é considerado um parâmetro para aferir a imigração, sobretudo a europeia, porque a liberdade de circulação dispensa qualquer tipo de visto ou ato administrativo para estabelecer residência.

Por outro lado, também é emitido para trabalhadores sazonais ou de curta duração, pelo que os titulares podem deixar o país após uma estadia curta ou de tempo limitado.

Este é o 12.º trimestre consecutivo em que diminuiu o número de novas inscrições de portugueses, que inverteu a tendência crescente a partir de 2016, após pelo menos cinco anos de aumentos, com destaque para 2015, quando se registaram mais de 32 mil portugueses na segurança social britânica.

Esta evolução vai de encontro à diminuição em geral da imigração europeia para o Reino Unido, que registou menos 122.483 europeus inscritos na Segurança Social no período de setembro de 2017 a setembro de 2018. Trata-se de uma redução de 22% homóloga face ao mesmo período anterior.

Pelo contrário, registou-se um aumento do número e imigrantes de fora da União Europeia, sobretudo originários da Índia e Paquistão.

Estes dados são confirmados pela informação pelo instituto de estatísticas britânico (ONS), que constatou que chegaram 249 mil europeus ao Reino Unido em 12 meses, até junho de 2018, mas saíram 145 mil, resultando num saldo migratório de 74.000, o mais baixo desde 2012.

De acordo com o ONS, os portugueses são a sétima comunidade estrangeira mais numerosa no Reino Unido, estimando-se que totalizem 217 mil, embora o governo português calcule que possa ser quase o dobro, rondando os 400.000.

A maior comunidade estrangeira é a polaca, com 985.000 pessoas, seguida da romena (433.000), Índia (374.000), Irlanda (337.000) e Itália (292.000).