Pelo menos 476 pessoas, incluindo 64 crianças e 34 mulheres, foram mortas, desde setembro, pelas forças de segurança nos atuais protestos contra o regime dos ayatollahs, no Irão. Estas são as contas da IHR, de acordo um estudo revelado na última terça-feira.

Os números poderão ser ainda maiores, pois a organização salienta ainda que "pelo menos 100 manifestantes estão atualmente em risco de execução, pena de morte ou sentenças", referindo, porém, que poderão haver mais casos destes, não revelados pelas famílias.

A IHR apela também à necessidade de uma maior intervenção por parte de forças políticas exteriores, de forma a ajudar à resolução deste conflito.

“Apesar de mais de 100 dias desde o início dos protestos em todo o país, com centenas sendo mortos, milhares presos e manifestantes executados, a revolta popular por mudanças reais e conquista de direitos fundamentais continua. O desafio que as pessoas enfrentam é o preço que elas têm que pagar para atingir esse objetivo. Uma participação mais ampla dentro e fora do país e a comunidade internacional apoiando essa causa podem ajudar ”, salienta o diretor Mahmood Amiry Moghaddam.

Refira-se que as autoridades iranianas executaram já este mês dois homens, condenados pelo seu papel nas manifestações, que intensificaram-se mais desde outubro após a morte, às mãos da chamada 'polícia da moral', da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, pelo alegado uso indevido do véu islâmico.