Jorge Sampaio nasceu em Lisboa, a 18 de setembro de 1939, dezassete dias depois de começar a II Guerra Mundial. Menino sardento, de cabelo ruivo — na escola teve como alcunha "Cenoura" —  e olhos verdes, tinha 3,400 quilos e foi registado como Jorge Fernando Branco Sampaio.

Sobre o tempo da guerra, disse em entrevista ao Público, há dois anos: "Lembro-me de o meu pai e a minha mãe porem fitas nos vidros, porque se receou que Hitler viesse por ali abaixo, o que não aconteceu porque Franco não anuiu a tal corredor que viria até Portugal, que significaria o domínio para o nazismo de toda a frente atlântica".

À mãe, de origem judaico-cristã, e aos estudos em Inglaterra, deve a fluência, o british accent, e o rigor da educação, mas as suas características ruivas vêm do Norte, dos celtas, de um bisavô paterno de Guimarães. Também o envolvimento político posterior foi manifestamente uma referência e herança de seu pai, Arnaldo Sampaio, médico, especialista em Saúde Pública.

O irmão, o psiquiatra Daniel Sampaio, sete anos mais novo, esteve presente na sua vida "sempre que foi preciso". "O que é que significou ter um irmão? Não me lembro com particular detalhe. Depois houve uma interrupção; eu estive nos Estados Unidos, ele não esteve. Reencontrámo-nos quando voltei, em 48. A distância, motivada pela diferença de idades, desapareceu quando o meu irmão estava no meio do liceu e eu no meio da faculdade. Passou a ser uma convivência de iguais, intensa", contou Jorge Sampaio em entrevista a Anabela Mota Ribeiro, em 2010, acrescentando que foram "educados na ideia de que aquele era um núcleo, um conjunto – apesar de ter havido aquelas separações".

Jorge Sampaio cresceu em Sintra, numa casa senhorial e no meio de uma família burguesa. "A casa de Sintra é enorme, secular, tudo faz barulho. Eu tinha um talento para entrar em casa e deitar-me sem acordar ninguém. Sabia quais eram os barulhos das portas, onde é que as madeiras davam de si, a cama rangia", confidenciou.

Em criança, aprendeu a tocar piano e a falar inglês, por imposição da mãe, a professora Fernanda Bensaúde Branco Sampaio. "Até morrer, falávamos metade em português, metade em inglês. Por vício. As pessoas não entendiam que falasse em inglês com a minha mãe, achavam que era uma peneirice… Não era. A minha mãe escrevia muito bem cartas e escreveu sempre metade em português, metade em inglês. Tinha um invulgar jeito para línguas", apontou na mesma entrevista.

Jorge Sampaio fez os primeiros estudos no Queen Elizabeth School, da "severa" Miss Lester (que detestava), numa escola pública norte-americana, em casa (com uma "senhora extraordinária", como classificava Aurora Macias Gomes), nos Liceus Pedro Nunes e Passos Manuel.

Entre História e Direito, optou pelo último. E foi aí, na universidade, que começou a revelar qualidades de liderança política: presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (1960) — venceu por um voto —, secretário-geral da RIA (Reunião Inter-Associações) por duas vezes (1961 e 1962). Com a crise académica, o pai de Jorge Sampaio veio dizer o que seria o retrato da sua vida: "Queres ser político, já percebi. Mas primeiro tem uma profissão."

Visto pelos amigos como um "compositor de interesses", "advogado reputado", "bom negociador" ou "intelectualmente honesto", Jorge Sampaio teve as mais variadas amizades — católicos, comunistas, neomarxistas do Movimento de Acção Revolucionário, monárquicos —, vindas dos mais diversos quadrantes: "Acho que todos somos necessários. Se tivermos sinceridade, honestidade, há um contributo sempre a dar".

Ainda no que diz respeito à educação, da sua passagem pelo Conservatório de Peabody ficaram-lhe os conhecimentos de piano, a sua extravagância para "reger", em playback, orquestras famosas sobre partituras de Mozart ou Beethoven (compositores favoritos) e, sobretudo, o gosto pela música.

Mas o presidente confessou também um dia que gostava de demasiadas coisas: lia romances, poesia e ensaios — tendo Eça de Queiroz, Rodrigues Miguéis, William Shakespeare, James Joyce e Albert Camus como referências —, fazia grandes caminhadas, pensava sobre urbanismo, fotografia e cinema.

Além de tudo isso, Jorge Sampaio jogou futebol, nos tempos de liceu, como defesa-esquerdo (embora mais tarde tenha vindo a jogar golfe). Além disso, era inegável a sua paixão pelo Sporting Clube de Portugal, do qual era sócio e adepto "ferrenho": depois de ter sido sócio nos anos 50, em 1973 volta a filiar-se. Era atualmente o sócio 3.109 do Sporting.

Foi também num jogo de futebol do seu clube, já enquanto presidente, que Sampaio viveu aquele que viria a ser conhecido como o "dia negro" no Jamor. Em maio de 1996, na final da Taça da época 1995-96, um adepto do Sporting foi morto por um foguete lançado por um membro de uma claque do Benfica.

Devido ao ocorrido, Sampaio pediu uma reunião de urgência no intervalo, em que tentou cancelar a segunda parte da partida. Com ele estiveram várias personalidades: o primeiro-ministro, António Guterres, o ministro da Administração Interna, Alberto Costa, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, o presidente do Benfica, Manuel Damásio, e o do Sporting, Santana Lopes.

No fim, apesar de não ter conseguido que o jogo ficasse por ali, ficou decidido que não haveria festa para o campeão. À RTP, antes da segunda parte, resumiu tudo numa frase: "O futebol é um momento de alegria, não pode ser um momento de tristeza".

A troca de um debate televisivo pela feijoada na Ribeira e o fim do sonho de Santana Lopes

No seu percurso profissional há datas marcantes: como advogado (a partir de 1963) defendeu casos célebres, como "A Revolta de Beja", a "Capela do Rato" ou o "Caso dos Estudantes" — e foi no seu escritório que se fizeram os documentos de protesto contra o exílio de Mário Soares.

Depois foi candidato a deputado pela Comissão Democrática Eleitoral (CDE), em 1969. Após o 25 de Abril ajudou a fundar o Movimento de Esquerda Socialista (MES), mas não chegou a entrar quando se constituiu como partido, por discordar da "via leninista" adoptada.

Veio, a seguir, o movimento Intervenção Socialista, conhecido como GIS, e que pretendia ser "o grilo da consciência" do PS fora das fileiras socialistas.

Ainda em 1975, foi secretário de Estado da Cooperação Externa (IV Governo provisório), que abandonou mesmo antes do PPD no executivo, por preferir a linha do "Grupo dos Nove".

Posteriormente, é também a Sampaio que se deve o lema "25 de Abril, sempre!", como o próprio contou: "Dentro daquela festa, do desfile na Avenida da Liberdade, tinha de ser encontrada uma maneira de fazer desfilar o PC, o PS, dispersos vários, companheiros dos amanhãs que cantam. O PS teve reuniões com essas pessoas que eram sempre contrariadas pelas pessoas oficiais do PS. Ainda não estava no PS nessa altura e, dentro desse grupo de independentes, fizemos reuniões com o PC e com os tais amigos, e eu sugeri para o 25 de Abril que a única coisa que se podia dizer era "25 de Abril, sempre!". Quem foi testemunha disso foi o Carlos Brito. Nunca mais reivindiquei a autoria", disse há dois anos.

E sobre a Revolução dos Cravos, em 1974, Sampaio afirmou certa vez em público, em Óbidos: "Devo ter sido o único português a cumprir as recomendações do MFA [Movimento das Forças Armadas], fiquei em casa".

Em Fevereiro de 1978 Sampaio entrou para o PS. No ano seguinte foi eleito deputado e entra para a Comissão Nacional e Secretariado Nacional. Em 1980 passou a integrar o ex-secretariado por apoiar a recandidatura de Ramalho Eanes. Em 1981 foi reeleito para o Parlamento.

Fez uma travessia no deserto dentro do partido, para voltar ao Parlamento em 1987 e ser, primeiro, vice-presidente da bancada parlamentar socialista e, depois, presidente até 1989, ano em que passou a líder do PS e avançou para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa (que ganhou) por "falta de generais socialistas" dispostos a disputar a eleição na capital.

Na sequência da derrota socialista nas legislativas de1991, foi obrigado a disputar a liderança do PS num Congresso com António Guterres e perdeu. Empenhou-se na CML e em 1993 conseguiu ser reeleito no município lisboeta.

Em novembro desse ano, antes das eleições autárquicas, Sampaio marcou a atualidade por trocar um debate na televisão por uma feijoada regada com vinho branco na companhia de apoiantes da sua candidatura: depois de ter sido insistentemente convidado pela SIC para um debate com Macário Correia, candidato do PSD à presidência da Câmara da capital, Jorge Sampaio não compareceu, como, aliás, avisara várias vezes ao longo da semana. Afinal, segundo o próprio, a estação televisiva não estava a promover iguais iniciativas com os restantes candidatos à autarquia.

Às 22h00, hora prevista para o começo do debate — que se transformou em entrevista, já que faltava com quem debater —, estava Sampaio num palco montado no Mercado da Ribeira a cantar "Cheira bem, cheira a Lisboa". Antes, já tinha dito às centenas de convidados que queria fazer de Lisboa uma cidade humana, acrescentando que era preciso "discutir a cidade" e que não tinha medo de o fazer.

Já na Câmara Municipal de Lisboa, Sampaio inaugurou as alianças à esquerda. "A viabilização de uma aliança para a câmara de Lisboa não estava no ADN do PS na altura, nunca esteve, mas achei que a única maneira de romper o statu quo, uma posição muito fraca do PS, que tinha 16%, era fazer com que houvesse uma aliança PS/PC, confinada à questão autárquica. Isso correspondeu a um ano eleitoral muito fecundo, de grandes vitórias do PS nas eleições autárquicas. Mas não foi bem aceite nessa altura em parte do PS", explicou em entrevista.

Mas a participação política de Sampaio não havia de ficar por pela Câmara de Lisboa. Candidato a Belém desde fevereiro de 1995 — com os slogans "Um por todos / Jorge Sampaio presidente" e "Todos por Portugal / Jorge Sampaio Presidente". —, ganhou a Presidência da República contra Cavaco Silva a 14 de janeiro de 1996, à primeira volta, com 53,91% dos votos. Recebeu, na altura, o apoio de inúmeras personalidades — independentes e de outras áreas políticas — com destaque na vida política, cultural, económica e social, e do Partido Socialista.

Sampaio foi investido no cargo de Presidente da República a 9 de março de 1996, prestando juramento solene. Cumpriu o seu primeiro mandato exercendo uma magistratura de iniciativa na linha do seu compromisso eleitoral. "We did it", atirou à sua mãe às 20h00 da noite eleitoral, no hotel Altis.

Logo a seguir às eleições, o jornal francês Le Monde apresentou, na primeira página, um desenho do novo presidente da República, acompanhado do título "O novo árbitro de Portugal". No artigo em questão, o autor destacava, nomeadamente, que "a primeira decisão oficial de Jorge Sampaio foi a de fazer entrar o líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal, para o Conselho de Estado", afirmando ainda que "o novo Presidente considera-se um árbitro e um moderador e assegura que deseja defender o princípio da igualdade de todos os Estados na União Europeia".

Na entrevista publicada nessa edição, o Presidente da República apresentou um verdadeiro ato de fé sobre a Europa e referiu a importância que atribuía à cooperação com os países africanos de expressão oficial portuguesa (PALOP). "Vamos lançar a comunidade dos países de língua oficial portuguesa em 1996", disse Jorge Sampaio, acrescentando que Portugal se preparava para "reativar" a sua presença nas comissões de acompanhamento dos processos de paz em Angola e Moçambique.

Depois, já em 1999, Sampaio viria a estar envolvido no processo de independência de Timor-Leste: viajou até ao país no dia da independência e foi a Nova Iorque encontrar-se com o secretário-geral, das Nações Unidas, Kofi Annan, tendo ainda recebido Sérgio Vieira de Melo, administrador de transição da ONU em Timor-Leste.

Em 2016, Sampaio (e também Mário Soares) foi condecorado com o Grande Colar da Ordem de Timor-Leste pelo seu contributo para o processo de autodeterminação. Segundo Taur Matan Ruak, chefe de Estado timorense, as condecorações traduziam "o profundo reconhecimento pelo humanismo, as inúmeras expressões de solidariedade e o apoio ativo" na "luta pela liberdade, autodeterminação e independência de Timor-Leste".

Assim, o seu primeiro mandato como Presidente da República foi discreto e conciliador, o que valeu críticas à esquerda e à direita, com acusações de proteger o governo e o PS (partido ao qual continuou filiado), mas isso não o fez ficar por aí: apresentou-se de novo e voltou a ser eleito à primeira volta, a 14 de janeiro de 2001, com 55,76% dos votos, para um novo mandato — que ficaria também marcado pelo momento em que Portugal aderiu à moeda única europeia, formalizada em 1 de janeiro de 2002. Desta vez, o slogan apresentado foi "Por Todos Nós / Sampaio Presidente".

Contudo, em 2001 a conturbação política estava instalada. Depois da derrota do PS nas autárquicas, António Guterres apresentou a demissão do cargo de primeiro-ministro, o que fez com que Sampaio convocasse legislativas antecipadas — tendo vencido o PSD com Durão Barroso.

Três anos depois, em 2004, Durão Barroso sai do cargo para presidir à Comissão Europeia e Jorge Sampaio toma uma decisão: indigitar Pedro Santana Lopes com primeiro-ministro, opção contestada à esquerda.

Porém, Santana ocuparia o cargo por pouco tempo. Cinco meses depois, Sampaio decidiu dissolver o Parlamento. Posteriormente assumiu que se "fartou" de Santana Lopes como primeiro-ministro."Fartei-me do Santana como primeiro-ministro, estava a deixar o país à deriva. Mas não foi uma decisão 'ad hominem'. Ninguém gosta de dissolver o parlamento e eu tomei essa decisão em pouco mais de 48 horas. Hoje faria o mesmo, porque era preciso", pode ler-se na biografia escrita por José Pedro Castanheira.

Dois anos depois, em 2006, Jorge Sampaio foi sucedido na presidência da República por Cavaco Silva — o que fez com que Santana Lopes considerasse, como referiu em entrevista em 2017, que a dissolução da Assembleia da República serviu, precisamente, para abrir caminho ao próximo presidente.

Mesmo já fora da vida política, Sampaio continuou a falar sobre políticos e democracia, sempre com um olhar atento — e crítico — ao mundo. "Temos de fazer um grande progresso da sociedade política — ou democrática — para poder ir acompanhando as distorções que estão por aí à vista. Como é que nasce o autoritarismo? Nasce porque as pessoas perderam confiança. Porque é que desaparece a importância de alguns partidos para ganharem importância outros, porque é que isto tudo se dispersa, porque são cada vez mais pequenos os interesses defendidos, as pessoas querem assumir o seu próprio protagonismo? A ponte sindical que faria com que isto fosse uma representatividade assegurada e firme está hoje a abanar de uma forma muito grande pela proliferação dos interesses dispersos. Isso exige do poder político uma renovação permanente, uma abertura", disse ao Público em 2019, apontado ainda que "os agentes políticos estão muito desprestigiados perante os cidadãos em geral".

De recordar ainda que Jorge Sampaio manteve, ao longo dos anos, uma constante intervenção político-cultural, nomeadamente através da presença assídua em jornais e revistas, entre elas: Seara Nova, O Tempo e o Modo, República, Jornal Novo, Opção, Expresso, O Jornal, Diário de Notícias e Público.

Em 1991, publicou, sob o título "A Festa de Um Sonho", uma colectânea dos seus textos políticos. Em 1995, foi editado o seu livro "Um Olhar sobre Portugal", no qual responde a personalidades de vários sectores da vida nacional, configurando a sua perspectiva dos problemas do País. Em 2000, publicou o livro "Quero Dizer-vos", em que expõe a sua visão atualizada dos desafios que se põem à sociedade portuguesa. As suas intervenções presidenciais foram também reunidas nos livros Portugueses I, II, III, IV, V e VI.

Ao longo dos anos foi agraciado com várias condecorações e recebeu também diversas distinções nacionais e estrangeiras.

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e entre 2007 e 2013 foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações. Em 2015 recebeu o Prémio Nelson Mandela, entregue pela ONU e, quase até ao fim da vida, foi membro das mesas de voto nas eleições.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens para trás sem acesso à educação.

Em 2019, na cerimónia dos seus 80 anos, realizada na sede do PS no Largo do Rato, um casal de estudantes refugiados que saiu da Síria e chegou em 2016 fez o retrato desta iniciativa de Sampaio. "Quando vim, só sabia que Portugal era a terra de Cristiano Ronaldo", disse o refugiado. "Agora, é a nossa Pátria de adopção. Graças a si, senhor Presidente, podemos sonhar", completou.

Num artigo de opinião publicado recentemente no jornal Público, o antigo Presidente da República anunciou que a Plataforma Global para os Estudantes Sírios está a preparar um reforço do programa de emergência de bolsas de estudos e oportunidades académicas para jovens afegãs.

No artigo, Jorge Sampaio sublinhou que não se pode responder às crises humanitárias "ao sabor de modas e ignorá-las por razões de cansaço, enfado ou indiferença".

Em 2017, o antigo Presidente da República foi operado duas vezes, uma das quais devido a "problemas acrescidos de mobilidade" e a outra devido a problemas cardíacos.

Mas o historial clínico mostrou-se acidentado desde o início das suas funções como presidente da República: em 1996 deu entrada no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, para ser operado ao coração, ainda no primeiro mandato, devido a uma malformação congénita. Na altura foi substituído por Almeida Santos, então presidente da Assembleia da República. Contudo, a operação teve de ser repetida em 1999.

Este ano, pelo 25 de Abril, Jorge Sampaio não esteve presente nas celebrações na Assembleia da República "por motivos de saúde". Agora, a 27 de agosto, foi noticiado que o ex-presidente da República tinha sido internado de urgência no Hospital de Santa Cruz, onde era seguido, na sequência de dificuldades respiratórias.