Vo Van Hong foi considerado, pela parte belga da investigação, como o líder da organização que tinha dois esconderijos no município de Anderlecht, em Bruxelas.

Os corpos de 39 migrantes - 31 homens e oito mulheres - foram encontrados mortos num camião frigorífico numa área industrial em Grays, na região de Essex, cerca de 30 quilómetros a leste de Londres.

O camião foi localizado depois de ter entrado em Inglaterra através de um ferry que partiu do porto belga de Zeebruge e rapidamente foi aberta uma investigação na Bélgica para identificar os intermediários deste tráfico de seres humanos que atuaram naquele país.

A descoberta do camião, em outubro de 2019, provocou indignação em todo o mundo e expôs as rotas de migração clandestina altamente organizadas entre o Vietname e a Europa.

As vítimas eram todas do Vietname e morreram de asfixia e hipertermia devido ao calor e à falta de oxigénio no espaço confinado do contentor.

Um total de 23 pessoas, principalmente vietnamitas ou belgas de origem vietnamita, foram julgadas em dezembro de 2021 perante o Tribunal Criminal de Bruges.

Durante o julgamento, que começou hoje às 09:30 locais (08:30 em Lisboa), o presidente do tribunal deverá detalhar as responsabilidades de cada um.

O presidente começou com o caso de Vo Van Hong, condenado por liderar “uma organização criminosa” na Bélgica que permitiu o tráfico para o Reino Unido de um total de “115 pessoas” identificadas entre setembro de 2018 e maio de 2020, data em que foi detido.

A decisão judicial corresponde à solicitada pelo Ministério Público Federal, ou seja, a pena máxima prevista para estes casos. Vo Van Hong também foi multado em quase 1 milhão de euros.

Além de Van Hong, outras 22 pessoas foram acusadas pelo crime e pedidas penas entre um a 10 anos de prisão.

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