Francisco Rodrigues dos Santos votou hoje na Escola Básica Prof. Lindley Cintra, na freguesia do Lumiar, em Lisboa, cerca das 11:30, acompanhado pelos dois irmãos mais novos.

“Os portugueses hoje são chamados a cuidar da saúde da sua democracia, portanto, o desejo que eu formulo é que contrariem os dois principais inimigos do nosso sistema democrático”, disse aos jornalistas depois de exercer o seu direito de voto.

Apontando que um deles é a abstenção, pediu aos portugueses que “participem de forma expressiva neste ato eleitoral e que não deleguem a responsabilidade de fazer as suas escolhas em outra pessoa qualquer”, notando que “hoje é o dia dos eleitores falarem e expressarem-se”.

“Eu hoje procurei fazer um programa familiar e vim votar com os meus dois irmãos, e é este repto que eu lanço a todos os portugueses, para que de forma familiar e participada possamos exercer as nossas escolhas livremente neste dia de realização da nossa democracia”, salientou.

Questionado se foi também uma forma de apelar ao voto dos mais jovens, Francisco Rodrigues dos Santos apontou que “há também esse simbolismo” porque “por norma as franjas mais jovens da população são aqueles que mais se abstêm nestes atos eleitorais”.

“Eu procurei neste familiar trazer os meus, com responsabilidade, com esclarecimento, para exercerem com liberdade o seu sentido de voto em quem bem entenderem”, afirmou.

O líder do CDS-PP considerou também que outro adversário em democracia é o medo, apontando que “há muita gente que tem medo, porque sofreu chantagens, ameaças, de exercer livremente as suas opções”.

“O voto é secreto e eu apelo a todos os portugueses que não deixem livremente de fazer as suas escolhas, porque o voto é secreto, e traduzir o sentido que querem para as suas vidas e para as suas terras”, defendeu.

Sobre os resultados do partido nestas eleições, mostrou-se confiante.

“Estou convencido que no ponto de vista do conjunto do país nós vamos atingir os objetivos a que nos propusemos, porque trabalhámos para isso”, frisou, dizendo ter “a certeza que as coisas vão correr bem”.

As mesas de voto das eleições autárquicas abriram hoje às 08:00 no continente e na Madeira para a escolha dos dirigentes dos municípios e das freguesias para os próximos quatro anos.

Nos Açores, as urnas abrem e fecham 60 minutos depois das mesas do continente e da Madeira, devido à diferença horária de menos uma hora.

Mais de 9,3 milhões de eleitores (9.323.688 cidadãos inscritos) podem votar nestas eleições autárquicas, segundo os dados do recenseamento disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI).