De acordo com o relatório hoje divulgado, "a pressão sobre os cuidados de saúde tem tendência estável a crescente" e a mortalidade por covid-19 tem "tendência estável". No entanto, a manter-se este quadro, "a atividade epidémica na população sénior e a pressão nos serviços de saúde poderão aumentar nas próximas semanas".
O relatório refere ainda que a mortalidade específica por covid-19 se situou nos 15,4 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a um decréscimo de 15% relativamente à semana anterior.
"Este valor é superior ao limiar de 10 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC). Este indicador apresenta uma tendência estável e é provável que assim se mantenha ou comece a diminuir se a incidência na população se mantiver estável a decrescente", salientam as "linhas vermelhas" da pandemia.
Os dados hoje divulgados indicam que o número de infeções nos últimos 14 dias foi de 315 casos por 100 mil habitantes, com tendência estável a nível nacional.
No grupo das pessoas com 65 ou mais anos, o número de novos casos foi de 124 casos, com tendência estável a crescente a nível nacional, mas ainda assim inferior ao limiar definido de 240 infeções por 100 mil pessoas.
No que respeita ao Serviço Nacional de Saúde, o relatório refere que estavam internadas na quarta-feira 150 pessoas em unidades de cuidados intensivos (UCI) em Portugal continental, o que corresponde a 59% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior estava nos 55%.
A proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 4,4% — na semana anterior tinha sido de 4,0% — encontrando-se acima do limiar definido de 4,0%, adianta ainda o relatório, que avança que se registou uma diminuição do número de testes, com 369.637 despistes realizados nos últimos sete dias, menos 32.721 do que na semana anterior.
"Nos últimos sete dias, pelo menos 95% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e, no mesmo período, foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 81% dos casos", indicam as autoridades de saúde.
O documento realça que o R(t) foi "igual ou superior a 1 nas regiões Norte (1,00), Centro (1,10) e Alentejo (1,02)", alertando que se estas taxas de crescimento se mantiverem, "o limiar da taxa de incidência a 14 dias de 480 casos por 100 000 habitantes poderá ser atingido em duas semanas a um mês na região Centro".
A nível de internamentos hospitalares por causa da doença, o grupo etário com maior número de casos internados nos cuidados intensivos corresponde ao dos 60 aos 79 anos.
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