Sun Dawu, um bilionário chinês e magnata agrícola, que fez fortuna no mercado da suinicultura, foi hoje condenado a 18 anos de prisão pelo tribunal de Gaobeidian, localidade próxima a Pequim. Segundo o The Guardian, os observadores acreditam que se tratou de um caso com motivações políticas.

As audições foram secretas, mas a justiça considerou que o empresário culpado de "exploração mineira ilegal", "ocupação ilegal de terras agrícolas", "reunir uma multidão para atacar órgãos do Estado" e "obstruir a administração do Governo". Foi ainda multado em 3,11 milhões de yuan (405 mil euros).

A polícia deteve Dawu e outras 19 pessoas do seu círculo próximo, incluindo sócios, em novembro do ano passado, depois de se ver envolvido (através da sua firma) numa disputa de terras com um concorrente que tinha ligações ao Estado.

Juntamente com a sua mulher, o empresário, de 67 anos, construiu uma das maiores empresas agrícolas da China, a partir de alguns poucos frangos e porcos, nos anos 1980.

Também foi um firme defensor das reformas rurais e denunciou o devastador surto de gripe suína em 2019, publicando fotos de animais mortos, ante a lenta resposta das autoridades locais.

O julgamento começou na quinta-feira passada, segundo os seus advogados. Em comunicado, denunciaram que a sua realização em segredo "viola as diretrizes gerais e não garante os direitos de defesa do acusado".

Sun já havia sido condenado à prisão por "financiamento ilegal" em 2003, mas a sentença foi anulada depois da enorme onda de apoio por parte de organizações de defesa dos direitos humanos e da população.

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