Após ter recebido o Presidente da Eslovénia, Borut Pahor, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as declarações feitas no domingo pelo comentador político e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes, na SIC, de que Portugal vai enviar tropas para a Roménia, no quadro da NATO, face à situação de tensão entre a Ucrânia e a Rússia.

“Como imagina, não esperará que eu venha pronunciar-me sobre essa questão. Portugal tem uma posição que é conhecida. Portugal, além de ser um membro muito interveniente da União Europeia, é um membro muito interveniente da NATO, como é das Nações Unidas e de outras organizações internacionais. Cumpre as suas obrigações e assume em plenitude a sua posição em qualquer destas instituições, nomeadamente na Aliança Atlântica”, começou por responder o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que Portugal “não só defende sempre a unidade dentro da Aliança Atlântica, como o papel reforçado da NATO no quadro geopolítico global — não apenas europeu, mas global” e reiterou que “cumpre as suas obrigações” enquanto membro desta organização.

“Essas obrigações estão definidas a vários níveis. E, naturalmente, como sabem também, nessa definição, o Governo, que conduz a política externa e de defesa tem um papel determinante, mas o Presidente da República Portuguesa e Comandante Supremo das Forças Armadas, presidindo ao Conselho Superior de Defesa Nacional naturalmente que tem também um papel neste domínio”, referiu.

“Mais do que isto, entendo que não se deve dizer neste momento”, defendeu o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou como prioridade face à situação na Ucrânia “dar espaço à diplomacia”.

“Essa é a prioridade. O que for necessário fazer para dar espaço à diplomacia, nós fazemos. Como fazemos, isso naturalmente depende daquele que é o juízo que é formulado, obedecendo a essa prioridade. Em política tem de haver prioridades, e aqui a prioridade é essa: dar espaço à diplomacia, trabalhando para isso das formas mais variadas, no quadro da NATO, no quadro da União Europeia, no quadro das Nações Unidas e através das atuações bilaterais”, acrescentou.

No seu espaço de opinião no Jornal da Noite da SIC, no domingo, Luís Marques Mendes declarou que a presença de tropas portuguesas na Roménia, país com fronteira com a Ucrânia, no quadro da NATO, foi decidida pelo Governo em consenso com o Presidente da República e partidos da oposição durante a campanha eleitoral para as legislativas.

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