Começando por salientar que o "Presidente fez o que tinha de fazer exercendo um poder constitucional", o Chefe de Estado disse esta sexta-feira ao final da tarde aos jornalistas à margem do 3.º Encontro Nacional de Cuidadores Informais, em Évora, que as razões pelas quais escolheu janeiro para as eleições legislativas foram explicadas aos portugueses.

Para além de remeter para os argumentos já ontem expressados, hoje voltou a frisar que enquanto candidato presidencial "viu" realizar debates no período do fim do ano e o que isso provocou — "atropelamento dos debates, a insuficiência do tempo para os debates, a sobreposição relativamente à campanha eleitoral".

"Depois expliquei aos portugueses o que era. Está dito, está dito. O que interessa é que num espírito democrático — porque as eleições fazem parte da democracia — tudo se passe em normalidade daqui a até ao dia das eleições", concluiu.

Porém, durante a sua explicação indicou que a escolha do dia 30 de janeiro não "pesou" o facto de os partidos terem eleições internas marcadas para os próximos meses. Segundo o chefe de Estado, se as eleições fossem marcadas para uma data anterior, as "decisões partidárias seriam posteriores ou, no máximo, simultâneas com o fim do prazo de entrega de candidaturas".

"Não pesou minimamente. Pesou esta circunstância: tinha de ser rápido, em janeiro e a tempo de haver campanha, que são duas semanas, mais os debates, participando o maior número de forças concorrentes, num tempo que não fosse em cima do ano novo", referiu.

Recusando comentar as críticas de dirigentes partidários, o Presidente da República considerou que "eram tão óbvias as razões de interesse nacional" para a escolha do dia 30 de janeiro de 2022 e admitiu que a data implica "sacrifícios para todos".

"Uns gostariam muito mais cedo, outros gostariam muito mais tarde, mas o Presidente cortou a direito, pensado no interesse nacional", sublinhou.

O chefe de Estado notou que a escolha desta data para as legislativas antecipadas também teve em conta "a preocupação da Assembleia da República e do Governo de fazerem aprovar diplomas que consideravam fundamentais".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou ontem país sobre a dissolução do parlamento e a data de eleições legislativas antecipadas, após ter ouvido os partidos e o Conselho de Estado. "Uma semana e um dia depois" da rejeição do Orçamento do Estado para 2022, como frisou, o Chefe de Estado optou por dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para dia 30 de janeiro de 2022.

(Notícia atualizada às 18:22)

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