O prefeito Conrado Mendoza, do Partido da Revolução Democrática (PRD), estava no palácio municipal quando foi atacado por homens armados em plena luz do dia.

"Segundo informações da MP, houve 20 vítimas, incluindo o prefeito do município e o seu pai", que também foi prefeito de San Miguel Totolapan, declarou em conferência de imprensa Ricardo Mejía, subsecretário de Segurança Pública.

O secretário-geral da prefeitura de San Miguel Totolapan, Freddy Vázquez, disse à imprensa que um grupo armado entrou a atirar no palácio municipal e que o prefeito foi morto enquanto estava numa reunião de trabalho "numa casa", também invadida.

"Uma operação já teve início para localizar e deter os responsáveis pelo ataque armado", informou em comunicado a Coordenação para a Construção da Paz, organismo com a presença de autoridades estaduais e federais.

O PRD condenou o "assassinato cobarde" do prefeito. "Exigimos justiça, basta de impunidade", afirma a mensagem do partido.

A governadora de Guerrero, Evelyn Salgado, do partido Movimento Regeneração Nacional (Morena, do presidente Andrés Manuel López Obrador), também condenou o ataque e prometeu uma investigação rápida."Não haverá impunidade perante a agressão contra o prefeito", afirmou.

De acordo com um balanço da consultoria Etellekt, com a morte de Mendoza, o México regista 94 prefeitos assassinados desde o ano 2000.

Os criminosos, segundo a imprensa local, integram o grupo 'Los Tequileros', do estado de Jalisco, a oeste, aliados do poderoso cartel Jalisco Nova Geração.

A fachada do palácio municipal de San Miguel Totolapan ficou com dezenas de marcas de tiros.

O grupo 'Los Tequileros' atuou na região há alguns anos, em particular com sequestros para pedidos de resgate, mas a sua influência decaiu a partir de 2018, após a morte de um dos seus líderes num confronto com a polícia.

Segundo a imprensa, várias mensagens circularam na comunidade há alguns dias com ameaças de que o grupo retornaria a San Miguel Totolapan.

Após o ataque, os acessos à localidade, de cerca de 4.300 habitantes e situada no sul do país, foram bloqueadas com camiões e autocarros.

Há mais de duas décadas que o estado de Guerrero, na costa do Pacífico e um dos mais pobres do país, é abalado pela violência de grupos rivais que tentam controlar o tráfico de droga e o cultivo de papoilas e cannabis.

O México regista mais de 340 mil assassinatos, a maioria atribuídos às organizações criminosas, desde o início de uma polémica ofensiva militar de combate ao narcotráfico, em dezembro de 2006.

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