“Não é o líder do PSD que me confere ou não autoridade política. Quem me confere autoridade política é o primeiro-ministro”, disse Pedro Nuno Santos, confrontado com as declarações de Luís Montenegro, que, na quinta-feira, tinha dito que não reconhecia ao ministro das Infraestruturas autoridade política para intervir no diálogo sobre o novo aeroporto.

“Eu, antes de mais, lamento o estilo desrespeitoso e ofensivo para com os adversários políticos que caracterizam o líder do PSD. E não é de agora, não é nenhuma novidade para nós. Normalmente, quando não se tem substância, ofende-se o adversário. Se algum dia o líder do PSD conseguir formar um governo, aí sim, ele vai poder dar e tirar autoridade política aos seus ministros. Até lá, tem de lidar com os ministros da República, do seu país”, acrescentou.

A polémica, como recordou Pedro Nuno Santos, começou quando o líder do PSD questionou publicamente o Governo sobre o arranque das obras no aeroporto Humberto Delgado.

”Eu, como ministro das Infraestruturas, aquilo que fiz – porque não tinha percebido exatamente aquilo que o líder do PSD estava a pedir — foi devolver com três questões”, disse.

Pedro Nuno Santos garantiu que pretendia apenas saber se Luís Montenegro se referia às obras de ampliação do aeroporto Humberto Delgado, às obras a que a concessionária [ANA/Vinci] está contratualmente obrigada, ou se eram outras obras, e se as questões deviam ser dirigidas ao Governo ou à concessionária.

O ministro das Infraestruturas reafirmou também que os partidos de esquerda, BE e PCP, não mudaram de posição sobre o novo aeroporto, mas que o PSD parece querer sair da fotografia do projeto que desenhou para o novo aeroporto de Lisboa.

“A oposição do PCP e do Bloco de Esquerda à solução que o Governo de Pedro Passos Coelho tinha desenhado era conhecida, não era nenhuma novidade e, portanto, toda a gente sabia que não iriam nunca facilitar um processo que concretizasse uma solução aeroportuária com a qual eles não concordavam”, disse.

“A novidade não foi o PCP e o Bloco. A novidade foi o PSD ter feito um conjunto de exigências que atrasaram, ou que atrasariam, a concretização de uma infraestrutura ou de uma solução que tinha sido por si escolhida. E por isso é que eu disse, e repito, que o PSD não se pode pôr de fora de uma fotografia da qual faz parte”, concluiu Pedro Nuno Santos.

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