Questionado – numa entrevista publicada hoje pelo ‘Le Parisien’ e citada pela agência espanhola EFE – sobre os migrantes que tentam chegar a Ceuta, Espanha, e sobre o bebé resgatado por um guarda civil, Gérald Darmanin disse ser uma situação comovente.

“Infelizmente — acrescentou – é um problema europeu. Os nossos amigos espanhóis ou italianos, que são os que estão mais próximos da costa sul do Mediterrâneo, enfrentam uma imigração significativa que controlam mal”.

Em sua opinião, a Europa “não é capaz” de manter essas fronteiras externas com o controle necessário, pelo que uma das suas prioridades durante a presidência francesa da União Europeia (UE), no primeiro semestre de 2022, será fazer “um registo sistemático dos imigrantes e uniformizar dos pedidos de asilo”.

Na quarta-feira, numa primeira reação oficial à chegada massiva de migrantes a Ceuta, França afirmou-se convicta de que Espanha conseguirá restaurar rapidamente a normalidade e insistiu que Marrocos deve continuar a cooperar com a UE contra a imigração irregular, recordando que, ao longo dos últimos anos, a União lhe tem atribuído fundos significativos.

No outono passado, após a onda de ataques jihadistas que sofreu no seu território, França restabeleceu os controlos nas fronteiras internas para tentar impedir a entrada a partir de outros países da UE de imigrantes irregulares e duplicou o número de agentes dedicados a essa missão.

Na sequência deste reforço do controlo, o Governo francês indicou que, desde o início deste ano, as expulsões de imigrantes que entraram a partir de Espanha duplicaram face ao mesmo período de 2020.

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