O autarca reuniu-se esta manhã com a comandante do Comando Metropolitano do Porto da PSP, superintendente Paula Peneda, o superintendente Mário Pereira e o comandante da Polícia Municipal do Porto, intendente António Leitão da Silva, para debater o tema da segurança na cidade.

Numa nota publicada esta tarde na sua página oficial, a autarquia refere que o independente tomou a iniciativa de ouvir os dois corpos policiais sobre “os relatos de desacatos na noite do Porto, circunscritos à zona da Movida, que têm vindo a ser tornados públicos, uma vez que os sucessivos incidentes estão a beliscar o sentimento de segurança da população”.

O autarca, que tinha alertado para esta problemática, reiterou “a disponibilidade total do município para a cooperação institucional com a PSP, através da Polícia Municipal, que neste mandato está sob sua tutela direta”.

Citado na mesma nota, Rui Moreira refere que o “fenómeno não é exclusivo à cidade do Porto e tem-se verificado não só noutras cidades do país, mas também a nível mundial”, havendo inclusivamente “cada vez mais sociólogos interessados em estudar estes comportamentos, associados a um certo grau de euforia desmedida pelo fim do confinamento a que todos estivemos sujeitos por força da pandemia”.

Na primeira reunião do executivo após as eleições de 26 de setembro, nas quais perdeu a maioria absoluta, que se realizou na semana passada, a Câmara do Porto aprovou o protocolo de cooperação com a PSP para a instalação e implementação do sistema de videovigilância na zona central da cidade, estando previstas a colocação de 79 câmaras entre a zona do Marquês e da Ribeira.

À data, o autarca admitiu que estas primeiras câmaras podem começar a ser instaladas meio ano depois da “luz verde” da tutela.

Questionado sobre a anuência do Ministério da Administração Interna [MAI] para com esta proposta, o independente disse não ter qualquer garantia de aprovação.

Na ocasião, o independente assumiu ainda, perante questões levantadas pela oposição, que “a videovigilância não é uma panaceia” e não vai resolver tudo, mas defendeu ter como convicção que este instrumento será um complemento aos “escassos” meios que a PSP dispõe.

Fazendo uma resenha do projeto que abrange três zonas da cidade – Centro Histórico, zona ocidental e zona oriental -, a vereadora dos Transportes, Cristina Pimentel, explicou que, aprovada a proposta, ela será enviada para a PSP que, por seu turno, enviará o processo para o MAI, para, após aprovação, lançar o concurso para aquisição do equipamento.

O investimento no equipamento será integralmente assumido pelo município, que também já disponibilizou uma sala no seu Centro de Gestão Integrada, para a operacionalização e monitorização do sistema de videovigilância.

À PSP cabe remeter o protocolo para o Ministério da Administração Interna, a quem caberá a palavra final para a autorização da instalação das câmaras.