“Tenho muita humidade, é só. Também não pode ser mais do que é. É só humidade”. Assim começa o testemunho de dona Laura que viria a ser eternizado pela compilação de apanhados da TVI no Youtube e que hoje não podia ser mais atual.

O problema é a humidade, que o diga a Dona Laura e a autoridade regional de Saúde da Madeira, região onde esta segunda-feira a vacinação contra a covid-19 foi interrompida durante duas horas devido a sinais de humidade externa em algumas embalagens da Pfizer.

"Tivemos, de facto, um problema no transporte com duas caixas, em que houve rotura do invólucro de papelão junto às pegas, mas a temperatura manteve-se sempre adequada para as vacinas da Pfizer, abaixo dos 70 graus negativos", disse o secretário regional da Saúde.

Pedro Ramos explicou que, após uma paragem de cerca de duas horas, a vacinação foi retomada em dois dos três locais onde decorria hoje: no Centro de Vacinação do Funchal e no Centro de Saúde de Machico, na zona leste da ilha. Na Ribeira Brava, zona oeste da Madeira, o processo foi reagendado para domingo.

Curiosamente, hoje a Agência Europeia de Medicamentos emitiu um comunicado sobre as condições desta mesma vacina, em que afirma que recomenda “uma alteração às condições de armazenamento aprovadas para a Comirnaty, a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela BioNTech e Pfizer, que facilitará o manuseamento da vacina em centros de vacinação em toda a UE”.

Em concreto, “esta alteração alarga de cinco dias para um mês - 31 dias - o período aprovado para armazenamento do frasco não aberto e descongelado a 2-8°C, ou seja, num frigorífico normal após a retirada do congelador”, acrescenta a EMA.

De acordo com os últimos dados divulgados pelas autoridades de saúde da Madeira, já foram administradas na região 122.456 vacinas.

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