“Com o tempo mais frio a aproximar-se no hemisfério norte é razoável esperar um aumento nas hospitalizações e mortes nos próximos meses”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em videoconferência de imprensa.

Ghebreyesus assinalou que, apesar do atual declínio no número de mortes no mundo, as sublinhagens em circulação da variante Ómicron do coronavírus que causa a covid-19 “são mais transmissíveis” e que “o risco de variantes ainda mais transmissíveis e perigosas subsiste”.

Segundo a OMS, a cobertura vacinal entre as pessoas mais vulneráveis continua baixa, especialmente nos países mais pobres.

Contudo, nos países mais ricos, 30% dos profissionais de saúde e 20% dos idosos continuam por imunizar, salientou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Estas lacunas representam um risco para todos nós”, apontou, renovando o apelo às pessoas para se vacinarem e adotarem medidas de saúde pública que reduzem o risco de infeção, como lavar as mãos e usar máscara em espaços fechados com muita gente.

A covid-19 é uma doença respiratória pandémica causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019 na China e que assumiu várias variantes e subvariantes.

Em Portugal, a campanha de vacinação outono-inverno contra a covid-19 e a gripe deste ano tem início na segunda-feira.

A campanha, que se estenderá até dezembro, abrange idosos, pessoas com mais de 18 anos com doenças graves, profissionais de saúde e utentes de lares e unidades de cuidados continuados.

Em junho, durante a apresentação da campanha de vacinação, a ministra da Saúde cessante, Marta Temido, frisou que “os vírus respiratórios e as temperaturas mais baixas tendem a agudizar as patologias dos mais vulneráveis”.