O Conselho Económico e Social da ONU (ECOSOC, sigla em inglês) decidiu retirar o Irão da Comissão da ONU sobre o Estatuto da Mulher com “efeito imediato”, por 29 votos a favor, 16 abstenções e oito contra.

A retirada do Irão do organismo até 2026 foi aprovada na sequência da adoção de uma resolução apresentada pelos Estados Unidos – que não tem relações diplomáticas com o Irão desde 1980 – e que foi apoiada por uma petição internacional de dezenas de milhares de signatários.

A ONU expressou “grande preocupação com as ações do governo da República Islâmica do Irão desde setembro de 2022, que têm vindo continuamente a minar e a reprimir cada vez mais os direitos humanos das mulheres e raparigas, incluindo o direito à liberdade de expressão e de opinião, muitas vezes com o uso excessivo da força”.

A Casa Branca, através do Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan, saudou “uma votação histórica (…) em resposta à repressão sistemática das mulheres e raparigas por parte do regime iraniano.

Para Sullivan, esta decisão é “um sinal do crescente consenso internacional sobre o Irão”.

O Irão é palco de protestos desde meados de setembro, quando Mahsa Amini, uma jovem curda, morreu sob custódia da polícia depois de ter sido detida por não usar o véu adequadamente e violar os códigos de vestuário islâmicos.

Desde então, protestos são reprimidos violentamente pelas autoridades, que ganham novas sanções impostas pela comunidade internacional por questões relacionadas com os Direitos Humanos.

Em quase três meses de protestos, morreram mais de 500 pessoas e pelo menos 15 mil foram detidas, de acordo com a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights.

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