Em causa estavam projetos-leis de cidadãos, que juntou mais de 25 mil assinaturas, do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), do Bloco de Esquerda (BE), do partido Pessoas–Animais–Natureza (PAN) e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues.

No essencial, todos os diplomas defendiam que os espetáculos tauromáquicos e todas as atividades ligadas à tauromaquia devem ficar isentas de financiamento por quaisquer entidades públicas, nomeadamente Governo, autarquias, institutos públicos ou empresas participadas pelo Estado.

A favor destes projetos, que foram apreciados individualmente, votaram o PEV, o PAN, o BE, a Iniciativa Liberal (IL), a deputada não inscrita Cristina Rodrigues e perto de três dezenas de deputados do grupo parlamentar do PS.

Durante a discussão destes diplomas, que ocorreu na terça-feira, os partidos favoráveis ao financiamento público da tauromaquia alegaram que a tauromaquia "é cultura” e que, por isso, “não pode ser discriminada” relativamente às restantes expressões culturais.

Por seu turno, os proponentes alegavam o sofrimento animal e a controvérsia na sociedade portuguesa relativamente aos espetáculos tauromáquicos.