Concentrar as urgências de Lisboa e do Porto já em 2022, mudar o funcionamento e gestão dos hospitais ao obrigar ao cumprimento de objetivos financeiros estritos e reforçar o papel do Ministério das Finanças na avaliação contínua às instituições hospitalares.

Estas são algumas das medidas previstas pelo Plano de Recuperação e Resiliência que o Governo entregou em Bruxelas, encontrando-se no capítulo das reformas que não se encontrava inicialmente público, como escreve hoje o semanário Expresso.

O PRR promete um investimento total de 1.383 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde nas suas várias áreas, mas a troco de várias reformas exigidas pela Comissão Europeia — só que há muito adiadas — para reduzir os alegados desperdícios do SNS e aumentar a eficiência.

Todavia, o Governo sabe da dificuldade que terá em promover a “adesão por parte dos hospitais e dos serviços hospitalares” a estas mudanças e a primeira reação não foi positiva.

Ao Expresso, Alexandre Lourenço, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, reconhece a necessidade de algumas medidas, mas acusa o executivo de retomar “a implementação de medidas exigidas pelo sector e definidas em conjunto com os credores internacionais no Programa de Assistência em 2011”, ou seja, das imposições da troika, “muitas adiadas por praticamente sete anos”.

Um dos problemas é que estas alterações não estavam sequer disponíveis quando o PRR foi colocado sob consulta pública, sendo que “apenas existiam dados sobre os investimentos infraestruturais e nenhuma informação sobre as reformas agora conhecidas”, diz Alexandre Lourenço.

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