Cerca de 40 elementos do SIAP estiveram concentrados hoje de manhã frente ao Comando de Lisboa, em Moscavide, para entregar um documento com os resultados de um estudo feito pelo sindicato com dados sobre trabalho diurno, noturno, turnos e matrizes que expõe a nocividade do horário.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da delegação de Lisboa do SIAP, Jorge Prata, disse que o documento foi entregue ao comandante da PSP de Lisboa para pedir horários dignos para os elementos policiais.

“Entregámos o nosso estudo e o comandante informou-nos que estará previsto pela Direção Nacional uma negociação sobre os horários no final do mês e que, até lá, não ia tomar nenhuma decisão, sendo que a Direção Nacional estava a estudar a situação. Portanto, vamos aguardar”, disse.

Jorge Prata explicou à Lusa que o sindicato tenta há anos a alteração dos horários dos elementos policiais que fazem o serviço apeado, que têm uma matriz horária diferente dos elementos que fazem serviço nos carros-patrulha.

“O que pedimos é uma alteração de matriz de maneira que fiquem em idêntica situação aos elementos que fazem serviço nos carros. É um horário em que os elementos trabalham seis dias e estão quatro de folga em turnos de oito horas, o que neste momento os elementos fazem são turnos de seis horas, mas são obrigados a trabalhar oito dias seguidos para ter apenas duas folgas, o que dá uma rotação em termos de fim de semana absurda. Para os elementos terem uma folga ao fim de semana, para terem vida familiar mais normal, é praticamente impossível”, disse.

O sindicalista sublinhou que o pedido “não é um capricho”, mas sim o desejo de ter uma melhor qualidade de vida, de saúde e melhores condições no trabalho.

Segundo, Jorge Prata este horário é completamente antiquado, existe há 30 anos e já não tem razão de ser.

“Pedimos o que já foi conseguido no comando do Porto há uns meses. Queremos o mesmo para Lisboa”, disse.

O sindicalista disse ainda que o documento hoje entregue já tinha sido enviado por mail para o Comando de Lisboa há quatro meses, não tendo havido resposta.