Na semana de 29 de novembro a 05 de dezembro, “estimou-se uma taxa de incidência de síndrome gripal de 10,1 por cada 100 mil habitantes”, adiantou o boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios do INSA.

Estes valores, que devem ser interpretados tendo em conta que a população sob observação foi menor do que em períodos homólogos de anos anteriores, foram apurados através da rede médicos-sentinela, um sistema de informação constituído por médicos de geral e familiar do continente e das regiões autónomas.

Já quanto à vigilância laboratorial, que permite a identificação de vários vírus respiratórios, o relatório do INSA indica que a rede portuguesa de laboratórios dos hospitais detetou “três casos positivos para o vírus da gripe tipo A, sendo um deles do subtipo H3N2”.

Relativamente à parâmetro de gravidade, “não foi reportado nenhum caso de gripe” pelas 15 unidades de cuidados intensivos que enviaram informação, avançou o INSA, ao adiantar que, na região europeia, regista-se uma “tendência crescente da atividade gripal”.

A vacinação contra a gripe arrancou em Portugal no final de setembro, mais cedo do que o habitual devido à pandemia de covid-19, estando já imunizadas mais de 2,1 milhões de pessoas, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde.

Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe e outras infeções respiratórias é composto pela rede de médicos-sentinela, pelos serviços de urgência, pelas áreas de atendimento dedicadas a doentes respiratórios, pela rede portuguesa de laboratórios para o diagnóstico do vírus da gripe e pelas unidades de cuidados intensivos.

Este programa anual tem início no princípio de outubro, terminando em maio do ano seguinte, e integra componentes clínicas e laboratoriais.