Os dados mais recentes da organização OVD-Info relatam que 1.702 pessoas foram detidas em 53 cidades diferentes, 940 destas em Moscovo.

Os cidadãos russos mobilizaram-se a condenar as ações mais agressivas por parte de Moscovo desde a invasão soviética do Afeganistão em 1979, noticia a agência Associated Press (AP).

Uma petição iniciada por Lev Ponomavyov, defensor dos direitos humanos, recebeu mais de 150.000 assinaturas em poucas horas e no final do dia já registava 289.000.

Milhares de pessoas desafiaram uma proibição de manifestações anunciada pelo Governo, face a apelos divulgados nas redes sociais para protestos contra a decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de ordenar a invasão da Ucrânia.

O Ministério do Interior russo tinha advertido hoje que os protestos contra a guerra na Ucrânia seriam considerados ilegais e que a polícia “tomaria todas as medidas necessárias para assegurar a ordem pública”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o apoio popular à invasão da Ucrânia seria idêntico ao “elevado nível de apoio” dos russos ao reconhecimento da independência dos territórios ucranianos separatistas de Donetsk e Lugansk.

“Sabemos que uma sólida maioria da população apoiou a decisão do Presidente de reconhecer as duas repúblicas. Portanto, podemos assumir que o nível de apoio [para as operações na Ucrânia] não será mais baixo”, disse Peskov, citado pela agência espanhola Europa Press.

O regime de Putin endureceu a repressão contra os opositores nos últimos dois anos, e as figuras mais destacadas da oposição estão presas ou tiveram de fugir do país.

O principal adversário do Kremlin, Alexei Navalny, que se encontra preso, disse hoje que se opõe à guerra da Rússia na Ucrânia.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

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