"Dos 300 mil combatentes mobilizados, 150 mil estão na área das operações" militares, disse o líder russo chamando-lhes de “defensores da pátria”.

Putin falava numa reunião do conselho de direitos humanos do Kremlin, transmitida pela televisão russa, esta quarta-feira, dizendo que cerca de 77 mil estão incorporados em unidades de combate.

“O restante contingente está nas segundas e terceiras linhas de combate, desempenhando funções de defesa territorial ou a receber treino adicional diretamente do teatro de operações", disse.

Reconhecendo que a campanha militar do Kremlin na Ucrânia tornou-se um "processo demorado", o presidente russo elogiou as conquistas territoriais de Moscovo.

"Pode ser um processo demorado, claro", disse Putin em resposta a uma pergunta, mas o novo território ucraniano foi um "resultado significativo" da campanha militar, acrescentou o presidente russo.

Putin descartou, apesar disso, uma segunda mobilização de reservistas para reforçar as tropas que já combatem na Ucrânia.

"Esses rumores... Não fazem sentido. Atualmente, não há necessidade disso nem por parte do Estado nem do Ministério da Defesa", disse Putin durante a reunião.

Em 21 de setembro, Vladimir Putin decretou a mobilização parcial de 300 mil reservistas perante o avanço da defesa ucraniana no leste e sul do país vizinho, as áreas mais atacadas e controladas até então pelos russos.

A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia a 24 de fevereiro, que ainda perdura e que provocou a morte de pelo menos 6.702 civis e 10.479 feridos, números que a ONU apresentou como confirmados, sublinhando que estão muito aquém dos reais.

Quanto a baixas militares, a Ucrânia e a Rússia têm reivindicado alguns números infligidas à outra parte, mas sem validação independente, tal como muitas das informações que divulgam sobre o curso do conflito.

*com Lusa

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