Segundo uma investigação do The Guardian, foram registados mais de 5 mil voos de passageiros completamente vazios de ou para os aeroportos do Reino Unido desde 2019.

Os dados recolhidos mostram uma média de 130 voos completamente vazios por mês desde 2019, sendo que os sete principais aeroportos são liderados por Birmingham (1.455), Luton (1.307) e Bristol (758). O número de voos vazios não se correlacionou com o número total de voos em cada aeroporto, o que sugere que podem reflectir questões sobre rotas específicas.

Por sua vez, dados da Autoridade da Aviação Civil (CAA) demonstram ainda que cerca de 35.000 voos comerciais operaram quase vazios desde 2019, com menos de 10% dos lugares preenchidos.

Considerando os números, ativistas consideram estas revelações "chocantes", uma vez que as viagens aéreas resultam em mais emissões de carbono por hora do que qualquer outra atividade de consumo. Por isso, dizem ser necessário um imposto sobre o combustível dos aviões.

Também o governo britânico descreve os "voos fantasma" como "prejudiciais ao ambiente".

Contudo, ainda não se percebeu exatamente o que leva à existência destes voos sem passageiros — ou com poucos —, uma vez que as companhias aéreas não publicam dados que expliquem a prática.

Apesar disso, sabe-se que os voos fantasma podem correr para cumprir as regras de "usar ou perder" slots do aeroporto. Outras razões citadas pelas companhias aéreas incluem os voos de repatriação Covid ou o reposicionamento de aeronaves. Mas tal não pode ser verificado e os ativistas defendem que é necessária mais transparência.

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