Além de farmácias, hospitais e centros de saúde, “centros temporários de vacinação vão surgir como árvores de Natal”, prometeu o primeiro-ministro, Boris Johnson, numa conferência de imprensa.

Os militares deverão ser de novo mobilizados para apoiar o programa, tal como fizeram no passado, juntamente com voluntários.

A aceleração do programa foi decidida devido ao potencial risco da variante Ómicron, descoberta recentemente na África do Sul, na qual foram identificadas mutações que indicam maior infeciosidade e resistência às vacinas.

Hoje, as autoridades de saúde confirmaram que o número de casos com a variante Ómicron subiu para 13 no Reino Unido, tornando-se “provável” que já exista transmissão na comunidade.

“Nós pensamos que as vacinas de reforço vão continuar a dar alguma proteção contra qualquer variante”, afirmou Johnson, salientando que tal ainda terá de ser confirmado cientificamente.

Isto implica mais de 14 milhões vacinas em dois meses para todos os maiores de 18 anos, cujo intervalo entre a segunda e terceira dose foi reduzido para metade, de seis para três meses.

Pessoas clinicamente vulneráveis ou imunossuprimidas terão a possibilidade de receber uma quarta dose três meses depois da terceira.

Entretanto, adolescentes com idades entre os 12 e 15 anos também foram autorizados a receber uma segunda dose, mas a vacinação será feita por ordem decrescente aos vários grupos etários.

Entretanto, o Parlamento aprovou a introdução de restrições em Inglaterra, como a obrigatoriedade do uso de máscaras dentro de lojas e transportes públicos, apesar do voto contra de 19 deputados do Partido Conservador.

Foram também apertadas as regras para a entrada de pessoas do estrangeiro, tendo 10 países africanos sido colocados numa “lista vermelha” de viagens internacionais.

Boris Johnson reafirmou que as atuais medidas são “apropriadas” e acrescentou que um confinamento nacional como o de janeiro é “altamente improvável”.

O Reino Unido é o país com maior número de mortes de covid-19 na Europa, 144.810 desde o início da pandemia, contando com 80,6% da população vacinada com duas doses da vacina e 31,1% com uma terceira dose.

A covid-19 provocou pelo menos 5.206.370 mortes em todo o mundo, entre mais de 261,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.441 pessoas e foram contabilizados 1.147.249 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 13 casos desta nova estirpe em Portugal.