“O alívio maciço [das restrições] de 11 de maio não afetou a curva epidemiológica”, disse à imprensa o ministro da Saúde checo, Adam Vojtech.

A República Checa, que a 24 de abril se tornou o primeiro país europeu a voltar a autorizar todas as viagens ao estrangeiro, permitiu a 11 de maio a reabertura de esplanadas, centros comerciais, museus, teatros, cinemas e outras atividades culturais, assim como a reabertura parcial das escolas primárias, secundárias e artísticas.

O país, com 10,7 milhões de habitantes, regista 8.757 casos de infeção e 306 mortes associadas à covid-19, com uma tendência consistente nas últimas semanas de subida dos casos considerados curados e de descida do número de pessoas hospitalizadas.

“A situação epidemiológica é muito estável […], muito positiva”, confirmou o diretor do instituto checo de estatísticas de saúde, Ladislav Dusek.

“Não há uma ameaça global depois do alívio [das restrições]. Só temos que vigiar problemas locais”, acrescentou o responsável.

Um surto de coronavírus foi detetado esta semana entre os trabalhadores da mina de Darkov, no norte do país, com 130 pessoas com testes positivos, embora nenhuma tenha necessitado até ao momento de hospitalização.

“Além deste, temos alguns pequenos focos em Praga, mas são as únicas duas regiões em que vemos um problema”, disse o ministro.

O final do confinamento checo prossegue a 25 de maio, a próxima segunda-feira, com a reabertura de restaurantes e hotéis, zoos e piscinas e com a autorização de reuniões de até 300 pessoas.

Também a partir de 25 de maio, os checos passar a ser apenas obrigados a usar máscara dentro de lojas e nos transportes públicos.

Um dia depois, a República Checa vai passar de controlos fronteiriços gerais para controlos aleatórios, mantendo a exigência a todos os que entrem no país de apresentação de um teste negativo para covid-19 feito no máximo quatro dias antes.

Surgido em dezembro na China, o SARS-CoV-2 já infetou 5,1 milhões de pessoas em todo o mundo e fez quase 330 mil mortos, segundo um balanço de hoje da agência AFP.