"Quatro Estados-membros, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Moçambique já aprovaram as suas estratégias digitais, e todos reconhecem que o digital, com a pandemia, passou a ser uma ferramenta do dia a dia", afirmou Manuel Lapão.

De acordo com o diretor de Cooperação da CPLP, os países sentem agora a necessidade de investir no processo de digitalização, porque estão conscientes de que quem não o fizer corre o risco de perder o caminho da recuperação económica no período pós-pandemia.

Manuel Lapão falava à Lusa, após uma reunião dos pontos focais da governação eletrónica dos Estados-membros da CPLP, que decorreu hoje em ambiente virtual, e que antecipa alguns dos assuntos a abordar na reunião interministerial da governação eletrónica, prevista para 26 e 28 de outubro.

Por outro lado, há também o reconhecimento por parte dos países da necessidade de legislação para regulamentar o setor e de investimento para garantir uma diminuição das assimetrias que ainda existem a nível interno no acesso aos meios digitais.

Segundo o diretor de Cooperação da CPLP, na reunião de hoje foi ainda admitida a possibilidade de parcerias entre o setor público e o privado no domínio da segurança de dados.

Manuel Lapão realçou ainda o facto de que toda a informação dos Institutos de Saúde Pública dos Estados-membros sobre a Covid-19 está garantida e vai prosseguir, o que é "importante para os cidadãos".

A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.