De acordo com a agência oficial russa TASS, o fornecimento direto de gás através do gasoduto Yamal-Europa, para a Alemanha, foi reforçado na tarde de segunda-feira e mais do que duplicado.

Segundo a agência EFE, o volume de gás bombeado hoje subiu para quase 860.000 metros cúbicos por hora, face aos cerca de 360.000 metros cúbicos do dia anterior.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou à Gazprom, em 27 de outubro, que aumentasse o fornecimento de gás à Europa assim que as reservas russas estivessem plenamente asseguradas, processo que se estimava estar concluído no início de novembro.

A Europa, onde um terço do gás consumido é proveniente da Rússia, está confrontada com uma subida dos preços desta matéria-prima na sequência de um aumento do consumo, fortemente relacionado com a retoma económica após a melhoria da situação epidemiológica da pandemia de covid-19.

Vladimir Putin deu esta ordem diretamente ao presidente-executivo do gigante do gás russo, Alexei Miller, durante uma reunião realizada em formato virtual e dedicada ao desenvolvimento dos campos de gás na península de Yamal, uma região estratégica russa e a principal zona de produção do gás que a Rússia fornece à Europa.

“Isto permitirá garantir as nossas obrigações contratuais de maneira confiável, estável e com ritmo e fornecer gás aos nossos parceiros europeus no outono e no inverno”, declarou o líder russo.

Vladimir Putin frisou ainda que a medida irá criar “uma situação mais favorável no mercado europeu de energia em geral”.

Em meados de outubro, a Rússia tinha prometido aumentar o fornecimento de gás à Europa e estabilizar o mercado, perante o risco de que a persistência dos altos preços do combustível pudesse provocar, a longo prazo, graves danos à sua economia.

Segundo Moscovo, nos últimos anos, a União Europeia (UE) tem privilegiado as compras no mercado à vista (em que os ativos são comprados e vendidos para entrega imediata), que está sujeito a flutuações de preços, em vez de assinar contratos a longo prazo com a Gazprom.

A Rússia assegura que quer fornecer mais gás, mas afirma, no entanto, que pretende voltar à prática de acordos plurianuais.

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