“Acreditamos que este é um investimento público que vale a pena, é um investimento com retorno garantido, e continuaremos a impulsionar nas nossas ações a saúde ocupacional, um trabalho digno, e a proteção e promoção da saúde de todos os trabalhadores em geral, e na administração pública em particular”, disse.

A ministra falava numa cerimónia em Lisboa, promovida pela Ordem dos Psicólogos, de entrega de prémios a organizações nacionais com práticas de gestão promotora de segurança, bem-estar e saúde no local de trabalho, os prémios “Locais de Trabalho Saudáveis 2022”.

Falando na abertura da cerimónia a ministra recordou como, na sequência da pandemia de covid-19, “as organizações se reinventaram” para responder a uma realidade nova, que nalguns casos agravou riscos ocupacionais, e que gerou novas formas de trabalho, fosse o teletrabalho fosse a permanência contínua no local de trabalho, para evitar exposições a riscos.

Marta Temido deixou a seguir “uma palavra de agradecimento a todos os trabalhadores do país, a todos os profissionais de saúde que, em contexto de pandemia se encontraram expostos a um maior risco para a sua saúde física, mental e social”, com os psicólogos, acrescentou, a terem também de se adaptar a uma nova forma de trabalhar.

A crise de saúde pública, disse Marta Temido, evidenciou a importância da promoção da saúde, bem-estar e segurança no contexto laboral, fatores que devem continuar a ser salvaguardados num contexto de recuperação, porque “usufruir de um ambiente de trabalho saudável e seguro é um direito fundamental para qualquer profissional” e o Governo reconhece essa importância.

Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, também salientou a importância de um ambiente de trabalho saudável, disse que os prémios hoje atribuídos são um estímulo para continuar a trabalhar na promoção de boas condições de trabalho, e salientou que o bem-estar do trabalhador tem uma relação direta com a produtividade.

Por isso, acrescentou, “não é admissível” que num país os grandes recursos são as pessoas estes se possam desperdiçar.

Num relatório de 2019, disse Francisco Miranda Rodrigues, só as empresas privadas dos setores não financeiros tiveram custos diretos relacionados com o absentismo, causado por ‘stress’ e problemas psicológicos, estimados em 3,2 mil milhões de euros, “três pontes Vasco da Gama”.

A iniciativa da Ordem é uma parceria com a Autoridade para as Condições de Trabalho e com a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho.