Com o Orçamento do Estado para 2022 chumbado e o fim anunciado da legislatura a meio do tempo, o futuro do país — agora nas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa — está tão incerto quanto a onda de greves marcada para as próximas semanas.

Os sindicatos dos médicos, dos professores e a Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) decidem para a semana se mantém os pré-avisos de greve, conta esta sexta-feira o ‘Público’. A CGTP, contudo, deverá manter a greve da função pública no dia 12 de novembro e a manifestação nacional no dia 20.

Novembro tinha convocadas greves dos farmacêuticos (28/10 e 02/11); dos enfermeiros (03/11 e 04/11); dos professores (05/11); dos bombeiros (11/11 e 12/11); da função pública (12/11); e dos médicos (22/11, 23/11 e 24/11).

A secretária-geral da CGTP disse que quer a manifestação, “quer todas as ações de luta para os próximos dias e semanas continuam a ter toda a atualidade.”

Porém, algumas delas podem mesmo deixar de fazer sentido. É o caso da dos professores, convocada em protesto contra a proposta do Orçamento do Estado — que já foi chumbado pela Assembleia da República (o dia 5 de novembro coincidiria com a presença do ministro da Educação no parlamento para o debate na especialidade).

A Fenprof, afeta à CGTP, reúne na terça-feira o secretariado nacional. A FNE, ligada à UGT, só deve decidir a 2 ou 3 de novembro, escreve o ‘Público’. Para o secretário-geral da FNE, contudo, apesar das “diferentes sensibilidades”, se o governo se mantiver em plenitude de funções, com a possibilidade de avançar com nova proposta de orçamento, então, as razões para as greves mantêm-se válidas.”

Já o Sindicato independente dos Médicos mantém para já a greve. Mas uma decisão deve ser tomada em breve, explicou o presidente da estrutura, Jorge Roque da Cunha, à Renascença: “Naturalmente, o que vai acontecer vai merecer uma reflexão. Os nossos órgãos em breve vão tomar uma decisão sobre a melhor forma de lutar por um melhor investimento no SNS.”

No caso dos enfermeiros, os sete sindicatos que convocaram o protesto estiveram reunidos esta quinta-feira — mas, segundo o ‘Público’, só hoje cada uma das estruturas deverá tomar uma decisão.

Os farmacêuticos, porém, adiaram mesmo a greve, após uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

Apesar de a lei não prever a queda do governo com o chumbo do Orçamento do Estado, o presidente da República já tinha avisado, a meio de outubro, que caso o parlamento não aprovasse as contas para 2022, iria dissolver a Assembleia, desencadeando o processo que dará origem a eleições legislativas antecipadas.

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