Este Serviço de Escuta, criado no âmbito do Sistema de Proteção e Cuidado de Menores e Adultos Vulneráveis, “destina-se a acolher, escutar e apoiar vítimas de abusos sexuais, independentemente da data em que tenham ocorrido”.

Em comunicado publicado no portal PontoSJ, dos jesuítas portugueses, é revelado que o serviço “recebeu, até ao momento, duas denúncias de abusos de menores, envolvendo dois jesuítas já falecidos”.

“As situações relatadas remontam aos anos 50 e 80 [do século XX] e referem-se a toques em zonas íntimas. As vítimas pretendiam dar a conhecer a situação vivida, tendo, por isso, sido acolhidas e escutadas e o seu sofrimento reconhecido”, acrescenta o comunicado.

Segundo os jesuítas, este serviço “foi ainda contactado por outras vítimas que, relatando abusos ocorridos fora do âmbito da Companhia de Jesus, foram acolhidas, informadas e orientadas relativamente às entidades competentes para receberem os testemunhos e tratarem as denúncias”.

Citada na nota, a coordenadora do Serviço de Escuta, Sofia Marques, manifesta que a Companhia de Jesus “continua empenhada em gerar um clima de confiança e segurança para que as pessoas que foram vítimas de algum abuso possam contar a sua história e receber o acompanhamento que desejem e necessitem”.

“A Companhia de Jesus lamenta profundamente o impacto e o sofrimento que estas situações causaram às vítimas e reza para que possam agora encontrar paz e serenidade”, acrescenta o comunicado.

Este serviço dos jesuítas não tem nada a ver com a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica, liderado pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, com a Companhia de Jesus a pedir “às pessoas que tenham sido vítimas de alguém ligado às suas obras e organizações que não deixem de contactar o Serviço de Escuta mesmo que já tenham dado o seu testemunho à Comissão Independente”.

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