Em declarações à agência Lusa, a vereadora da Educação, Juventude e Desporto, Catarina Araújo, afirmou que entre o dia 20 de dezembro, que marcou o arranque da iniciativa, e o dia 23 de dezembro “foram servidas cerca de duas mil refeições”.

“Esta resposta teve uma maior adesão na primeira semana”, afirmou a vereadora, acrescentando que tal se justifica com o facto de as atividades de apoio à família terem estado a funcionar e o teletrabalho não ser obrigatório.

A iniciativa Escola Solidária, que surge da necessidade de “assegurar as refeições escolares” durante o período das festas de Natal e Ano Novo, é extensível aos irmãos dos alunos do 1.º ciclo do ensino básico e do jardim de infância da rede pública do Porto, mesmo que estes não a frequentem.

“Esta resposta é uma resposta alargada, não é só para os nossos alunos, é alargada aos irmãos dos alunos que tenham entre três e dez anos mesmo que não frequentem a rede pública de ensino do Porto”, esclareceu Catarina Araújo.

Mil e oitocentas crianças frequentam o ensino pré-escolar e 5.786 crianças o 1.º ciclo do ensino básico da rede pública de ensino do Porto.

Face ao período de contenção, que decretou o encerramento das atividades letivas e não levitas, o serviço passa, a partir de hoje e até 07 de janeiro de 2022, a funcionar em ‘take-away’, entre as 12:30 e as 13:30. À exceção das escolas identificadas por cada agrupamento para acolher filhos dos profissionais que estão na linha da frente do combate a covid-19.

Catarina Araújo disse ser “natural” que, face ao período de contenção, “as famílias se organizem de maneira diferente e de maneira a estarem em casa e necessitarem menos de socorrer deste tipo de resposta”.

“O ritmo não se manterá nesta semana por força deste contexto, as famílias ajustaram-se”, referiu.

Neste período, os almoços e lanches são gratuitos para os alunos do Escalão A, os estudantes do Escalão B pagam 0,73 euros e os do Escalão C pagam 1,46 euros.

Para evitar desperdícios, os encarregados de educação têm de se inscrever previamente junto do respetivo agrupamento de escolas.

Segundo a Catarina Araújo, a previsão da autarquia é servir cerca de 2.600 refeições, ainda que estes números possam vir a “sofrer ajustes e acertos” face à atual situação.