Na nota hoje divulgada, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) disseram que, “depois da jornada de luta dos passados dias 28 de fevereiro e 02 de março, os trabalhadores esperavam que a Infraestruturas de Portugal e os ministros que a tutelam encontrassem algum tempo nas suas agendas para [os] receberem”.

No entanto, quase um mês depois, e apesar de “diversas tentativas desencadeadas pelo Sinafe e pelo Sintap”, não houve “qualquer resposta e os problemas que afetam os trabalhadores não só se mantêm como se avolumam”.

“A greve ocorreu num contexto extremamente desfavorável”, recordaram, dando conta de que se verificaram “fortes constrangimentos rodoviários e ferroviários”.

“O tempo vai passando e os aumentos atribuídos pela empresa não são bastantes para enfrentar o aumento do custo de vida”, lamentaram, garantindo que “este ‘aumento por decreto’ não cobre metade da inflação verificada o ano passado”.

O Sinafe e o Sintap garantiram que “mantêm a porta aberta para a negociação, considerando que ainda existem condições para um aumento salarial digno e que traga mais poder de compra aos trabalhadores”.

No entanto, “também sabem que o silêncio da empresa e da tutela obrigam os trabalhadores a voltar à greve e, assim, no próximo dia 06 de abril” irão voltar “a parar a IP por 24 horas”, asseguraram.

Os sindicatos reivindicam o aumento dos valores salariais e do poder de compra, a retoma da negociação coletiva, a “não discriminação de trabalhadores” e mais contratações.