“A Comissão Europeia está pronta para apoiar os Estados-membros na preparação do acolhimento à medida que a situação evolui na Ucrânia”, anunciou a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, numa publicação na rede social Twitter.

Na mensagem, publicada horas depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, que arrancou hoje de madrugada, Ylva Johansson agradece “à Polónia, República Checa, Roménia, Eslováquia e Hungria pela sua prontidão e vontade de proporcionar proteção imediata”.

“A UE está com o povo ucraniano”, adianta.

Os chefes de Governo e de Estado da UE discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia, depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, iniciada de madrugada, com bombardeamentos em várias cidades e a entrada de forças russas em território ucraniano.

Hoje de manhã, os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da UE estiveram reunidos em Bruxelas para discutir a escalada da ofensiva militar russa na Ucrânia e preparar o Conselho Europeu extraordinário de hoje à noite, com novas sanções sobre a mesa.

Os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, deverão discutir a adoção de um novo pacote de sanções da UE à Rússia, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu hoje de manhã que serão “pesadas”.

“Estamos perante um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo dos russos não é apenas Donbass (leste ucraniano), o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem internacional de paz e responsabilizaremos o Presidente Putin por isso, pelo que, ainda hoje, apresentaremos um pacote de sanções pesadas e direcionadas aos líderes europeus”, anunciou Ursula von der Leyen.

“Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus”, visando, à semelhança do primeiro pacote de sanções, “afetar os interesses do Kremlin e a sua capacidade de financiar a guerra”, explicou a representante.

E avisou: “Não deixaremos que o Presidente Putin derrube a arquitetura de segurança que lhe tem dado paz e estabilidade ao longo de muitas décadas. Não permitiremos que o Presidente Putin substitua o lugar, o Estado de direito, pelo Estado de força, e a impiedade e ele não deve subestimar o resultado, e a força das nossas democracias”.

UE garante assistência política, financeira e humanitária e condena agressão militar

Também o Conselho Europeu condenou hoje, "com a maior veemência possível", a "agressão militar sem precedentes" da Rússia à Ucrânia, garantindo à população ucraniana assistência política, financeira e humanitária por parte da União Europeia (UE).

"Condenamos com a maior veemência possível a agressão militar sem precedentes da Rússia contra a Ucrânia. Pelas suas ações militares não provocadas e injustificadas, a Rússia está a violar grosseiramente o direito internacional e a minar a segurança e estabilidade europeia e global", vinca o Conselho Europeu, numa declaração hoje divulgada.

Na posição, que surge depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, iniciada hoje de madrugada, os chefes de Governo e de Estado da UE lamentam "a perda de vidas e o sofrimento humanitário".

"A UE e os seus Estados-membros estão prontos a fornecer urgentemente uma resposta humanitária de emergência", asseguram.

Os líderes europeus adiantam que, na cimeira extraordinária desta noite, irão "discutir esta agressão flagrante", de forma a "chegar a acordo de princípio sobre novas medidas restritivas [sanções] que imporão consequências pesadas e severas à Rússia pela sua ação, em estreita coordenação com os parceiros transatlânticos".

"Condenamos igualmente o envolvimento da Bielorrússia nesta agressão contra a Ucrânia e exortamo-la a cumprir as suas obrigações internacionais", adiantam, pedindo à Rússia para "cessar imediatamente as ações militares, retirar incondicionalmente todas as forças e equipamento militar de todo o território da Ucrânia e respeitar plenamente a integridade territorial, soberania e independência da Ucrânia".

"Tal uso de força e coerção não tem lugar no século XXI", concluem os líderes europeus.

Os chefes de Governo e de Estado da UE discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia, depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, iniciada de madrugada, com bombardeamentos em várias cidades e a entrada de forças russas em território ucraniano.

Os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, deverão discutir a adoção de um novo pacote de sanções da UE à Rússia, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu hoje de manhã que serão "pesadas".

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência.