“Acreditamos que, combinando os nossos esforços, agindo de forma coordenada, conseguiremos dissuadir Putin e incentiva-lo a não escolher o pior dos cenários, que uma operação militar representaria”, declarou o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kouleba, à chegada para o encontro com os seus homólogos da Aliança Atlântica, que está a decorrer em Riga, capital da Letónia.

Citado pela Agência France Presse (AFP), Dmytro Kouleba referiu que vai pedir aos Aliados “que ponham em prática um pacote dissuasor com a Ucrânia”, referindo-se a uma comunicação clara com Moscovo, possíveis sanções económicas e maior apoio militar a Kiev.

“Continuamos determinados em prestar apoio político e prático à Geórgia e à Ucrânia”, reafirmou, por seu lado, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, na abertura da sessão dedicada a estes dois países, que aspiram tornar-se membros da Aliança Atlântica.

Esta terça-feira, no primeiro dia da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros aliados, que hoje termina, Jens Stoltenberg e o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, advertiram Moscovo que qualquer “agressão” contra Kiev teria “graves consequências”.

“Qualquer agressão futura russa contra a Ucrânia teria um elevado preço e graves consequências políticas e económicas para a Rússia”, assinalou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa posterior ao primeiro dia de trabalhos, em que os países da NATO abordaram o aumento da concentração militar russa junto à Ucrânia e debateram possíveis consequências.

Stoltenberg admitiu que a NATO não pode decretar sanções, mas sublinhou a sua vocação para “tomar decisões, consultar e coordenar esforços”.

Dessa forma, prosseguiu, “também as sanções económicas e as reações políticas estão incluídas no que debatemos hoje, também com os Estados Unidos. Representamos 50% do PIB mundial e, obviamente, é importante quando os aliados da NATO também debatem a aplicação de sanções económicas contra o comportamento da Rússia”, indicou.