O dia de hoje ficou marcado por uma série de “apagões” parciais provocados por uma avaria na rede elétrica europeia. Os cortes de energia afetaram centenas de milhares de pessoas em diversas regiões de França, Espanha e Portugal e tiveram origem num incêndio que queimou 500 hectares de vegetação no sudoeste da França, segundo a agência francesa Rede de Transmissão de Energia Elétrica (RTE).

“Devido aos incêndios no Aude, a linha de muito alta tensão (entre Perpignan e o oeste de Narbonne) sofreu um problema técnico e foi desligada” a meio da tarde, informou a RTE, num comunicado, referindo-se aos incêndios na montanha de Alaric, no sudoeste francês.

Em Portugal houve falhas de mais de 30 minutos na electricidade de Norte a Sul do país e no serviço de emergência 112 que ficou sem funcionar hoje à tarde, em alguns distritos do país, estando já a operar plenamente.

O porta-voz da PSP, Nuno Carocha, disse que “o sistema de redundância [do 112] não funcionou em pleno”, por motivo desconhecido, que está a ser averiguado.

“Alguns distritos ficaram sem resposta pelo sistema 112 durante uma janela temporal que estamos a analisar”, afirmou, sublinhando que, neste momento, todo o número de emergência 112 está a “funcionar normalmente”.

O número de emergência é gerido pela PSP e as chamadas são atendidas pelos centros que efetuam a triagem e encaminhamento para as forças de segurança, INEM e bombeiros.

Fonte do Ministério das Infraestruturas e da Habitação disse à Lusa que “apenas no Algarve se registaram alguns constrangimentos, numa subestação entre Lagos e Tunes”. “De resto, a nível nacional não houve mais impactos”, acrescentou.

Contactos efetuados pela Lusa identificaram, no entanto, cortes de energia, de "cerca de meia hora" em localidades da Região Oeste, da Região Centro e na região de Lisboa, que tiveram início "pouco antes das 16:00".

Segundo o Jornal de Notícias, foram atingidos pelo "apagão" localidades como as de Vila Praia de ncora, Fafe, Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Braga, Trofa, Santo Tirso, Paços de Ferreira, Felgueiras, Lousada e Penafiel, a Norte, Loures, Sintra, Parede, Setúbal, Sesimbra e Lagoa, a Sul.

Quem também teve um sábado ‘apagado’ foi a equipa portuguesa de andebol que está a participar nos Jogos Olímpicos. Na primeira jornada do grupo B perderam para os egípcios por 37-31 e tornaram azeda a estreia, algo que os comandados de Paulo José Pereira quererão emendar na segunda-feira, com o Bahrain, para tentarem ser um dos quatro primeiros classificados de cada uma das ‘poules’.

Ainda em Tóquio, a judoca Catarina Costa ficou às portas do pódio na estreia em Jogos Olímpicos, cedendo numa 'chave de braço' para a mongol Urantsetseg Munkhbat o último ‘bronze’ na categoria -48 kg, tendo de contentar-se com o primeiro diploma da missão portuguesa nesta edição dos Jogos.

Muitas das esperanças de um bom resultado no primeiro dia com portugueses em ação, a seguir à Cerimónia de Abertura de sexta-feira, recaíam sobre o lutador de taekwondo Rui Bragança, em -58 kg, mas o vimaranense não conseguiu passar do primeiro combate.

Uma derrota por 24-9 com o espanhol Adrián Vicente Yunta, no Makuhari Messe Hall A, deixou o atleta, de 29 anos, pelo caminho, sem hipótese de repescagem, após posterior eliminação de Yunta.

Bragança não conseguiu assim repetir ou melhorar o nono lugar do Rio2016, quando venceu um combate, caindo logo à primeira tentativa.

Outro português que começou uma nova etapa com o pé esquerdo foi Rui Vitória. O  técnico português estreou-se no campeonato russo com o Spartak Moscovo com uma derrota por 1-0 na deslocação ao recinto do Rubin Kasan.

Mas, atenção, houve quem conseguisse contornar este sábado ‘apagado’.

No ténis de mesa, Shao Jieni protagonizou uma recuperação épica para avançar para a segunda ronda de singulares, na terça-feira, ante a sueca Christina Källberg, igualando, pelo menos, o que tinha feito no Rio2016.

No Ginásio Metropolitano de Tóquio, a atleta portuguesa, de 27 anos, 63.ª do ranking olímpico, ultrapassou a rival nórdica, 149.ª, de 21 anos, pelos parciais de 8-11, 9-11, 10-12, 11-6, 11-5, 11-8 e 11-6.

Também no ciclismo surgiram bons resultados, com a estreia auspiciosa de João Almeida em Jogos Olímpicos, ao igualar o terceiro melhor registo português de sempre na prova de fundo masculina, um 13.º lugar, só superado por Rui Costa no Rio2016, com o 10.º posto, e pela prata de Sérgio Paulinho em Atenas2004.

Almeida chegou em 13.º, a 3.03 minutos do vencedor, o equatoriano Richard Carapaz, enquanto Nelson Oliveira foi 41.º, a 10.12, nos terceiros Jogos: abandonou no Rio2016 e foi 69.º em Londres2012, no fundo, com um sétimo lugar no contrarrelógio de há cinco anos.

E não esquecer que amanhã é mais um dia de esperança com vários atletas portugueses em competição. Pode conferir todos os horários e provas aqui.