O conjunto de equipamentos e soluções tecnológicas, cedido pela Fundação Altice e que visam a inclusão de estudantes com necessidades educativas específicas, foi inaugurado ao final da manhã, em pleno Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

Durante a inauguração, o reitor da UC, Amílcar Falcão, explicou que tem sido preocupação deste estabelecimento de ensino introduzir um conjunto de mecanismos que permitam a frequência de pessoas com algum tipo de deficiência.

“Insere-se na nossa missão de sermos inclusivos e de promovermos a equidade, a igualdade, a não discriminação. Temos esta missão, de humanismo, que é muito cara à Universidade de Coimbra e que queremos sempre aprofundar”, acrescentou.

Amílcar Falcão apontou que a parceria com Fundação Altice tem permitido à Universidade de Coimbra evoluir bastante na componente tecnológica, “em nome da inclusividade, igualdade e de uma universidade que se quer cada vez mais para todos”.

“É uma questão de serviço público, que levamos muito a sério, e que é fundamental para passar uma mensagem de esperança e solidariedade para com todas as pessoas que têm deficiência e que, como nós, merecem ter acesso a tudo”, realçou.

Por sua vez, a diretora da Fundação Altice, Ana Estelita, referiu que a sala fica dotada de ferramentas que contrariam algumas condições de vulnerabilidade.

“Está no nosso ADN promover o bem-estar das pessoas com necessidades especiais”, justificou.

A sala inclusiva oferece várias soluções para pessoas cegas ou com baixa visão, entre as quais lupas digitais portáteis, ‘softwares’ de ampliação, contraste de cores e voz sintetizada e leitores de ecrã que convertem o texto em voz.

Contém também várias ferramentas para pessoas com limitações neuromotoras, nomeadamente uma câmara ‘eyetracker’, que permite operar um computador através do movimento dos olhos, e um software que possibilita aceder ao computador de forma indireta, como alternativa à interação teclado/rato, comunicar através da voz sintetizada do equipamento e controlar outros aparelhos.

Na inauguração da sala marcou presença um estudante invisual do quarto ano do curso de Direito, José Moreira, que sublinhou as melhorias de algumas ferramentas disponibilizadas.

“Já conhecia o ‘easy reader’, mas este tem a mais-valia de ter uma tecnologia que faz a leitura em voz alta de livros conforme o folheamos. Para ter noção, quando queremos ler um manual secundário, recomendado para uma cadeira, o centro de recursos demora muito tempo a digitalizar, podem ser dois meses”, referiu.

Com esta tecnologia ao dispor na sala da Biblioteca Geral, é possível fazer a requisição do livro pretendido e “temos a leitura na hora”.

“Consigo fazer a leitura do livro de forma instantânea e sem recorrer a ninguém. E temos ainda a vantagem de podermos gravar numa ‘pen’ e ouvir depois em qualquer altura”, explicou.

A Universidade de Coimbra tem cerca de 150 alunos com necessidades especiais.

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