De acordo com o inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelas famílias, hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “em 2020, 84,5% dos agregados familiares em Portugal têm ligação à Internet em casa e 81,7% utilizam ligação através de banda larga, o que representa um aumento significativo, de mais 3,6 pontos percentuais, em relação ao ano anterior”.

No contexto da pandemia, a percentagem de pessoas que usam Internet aumentou 3,9 pontos percentuais face a igual período do ano passado, “o que contraria a estabilidade dos resultados nos dois anos anteriores”, refere o INE.

A população dos 16 e 74 anos que utilizou a Internet nos três meses anteriores à entrevista “fê-lo principalmente para comunicar e aceder a informação, mas foram sobretudo as atividades relacionadas com aprendizagem as que registaram maior aumento em 2020″, adianta.

Ou seja, “mais que duplicaram as proporções de utilizadores que comunicaram com professores ou colegas através de portais educativos (de 14,5% em 2019 para 30,8% em 2020) e que frequentaram cursos ‘online’ (de 7,7% para 18,0%)”.

No que respeita aos utilizadores de Internet empregados, quase um terço (31,1%) exerceram a sua profissão em teletrabalho, “sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa, em que a proporção foi de 43,25%”.

Para mais de um quarto (29,6%) dos internautas empregados, “o trabalho em casa foi associado à pandemia de covid-19″.

Por classes de rendimento, “os agregados familiares do quintil mais elevado (20% dos agregados com maiores rendimentos) apresentam os maiores níveis de acesso à internet (96,8%) e à banda larga (94,5%)”.

No extremo, o primeiro quintil (20% com menores rendimentos), “as proporções reduzem-se para 66,9% com acesso à Internet em casa e 62,4% através de banda larga”, lê-se no comunicado.

No que respeita ao comércio eletrónico, a percentagem de utilizadores registou “em 2020 o maior aumento da série iniciada em 2002, mais sete pontos percentuais que em 2019″.

Quase metade (44,5%) dos utilizadores entre os 16 e 74 anos tinham feito encomendas ‘online’ nos 12 meses anteriores à entrevista e mais de um terço (35,2%) nos três meses anteriores.

“A quantidade de encomendas através de comércio eletrónico aumentou significativamente: o grupo dos utilizadores que fizeram três a cinco encomendas aumentou 4,0 pontos percentuais, os que fizeram seis a 10 encomendas aumentou 9,5 pontos percentuais e os que fizeram mais de 10 encomendas aumentou 6,9 pontos percentuais”, refere o INE.

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