Foi o que disse, em conferência de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, observando que as eleições foram “bem organizadas”, mas “ficaram manchadas” pelos limites mal definidos entre o Estado e o partido governante, o Fidesz, da direita ultranacionalista.

Além disso, apontou “a parcialidade” dos meios de comunicação em favor do partido no poder e o “financiamento opaco” da campanha como outros fatores que resultaram em “falta de igualdade de oportunidades”.

O primeiro-ministro ultranacionalista húngaro, Viktor Orbán, conquistou um quarto mandato consecutivo ao obter uma esmagadora vitória nas legislativas do passado domingo, dominadas pelas inseguranças despertadas pela guerra na vizinha Ucrânia.

Com 92% dos votos contabilizados, o Fidesz está prestes a obter 135 assentos no parlamento de 199 membros, enquanto a oposição soma apenas 56 deputados.

A posição do Governo do Presidente Joe Biden contrasta com o apoio manifestado a Orbán pelo seu antecessor na Casa Branca, Donald Trump (2017-2021), que continua a ser o dirigente mais popular entre os republicanos nos Estados Unidos.

Em janeiro passado, Trump expressou o seu “total apoio” à reeleição de Orbán, numa rara demonstração de apoio a um líder internacional. O chefe do Governo húngaro apoiou Trump nas eleições de 03 de novembro de 2020, nas quais foi derrotado por Biden.