Poluição por plástico, emissões de gases poluentes pelos transportes marítimos e pesca sem controlo somam-se às alterações climáticas como principais ameaças à saúde dos oceanos, cujo dia mundial se assinala na quarta-feira.

Com a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas à vista, marcada para 27 de junho a 1 de julho em Lisboa, a Zero espera que as nações se comprometam a proteger 30% dos oceanos até 2030, classificando-o em reservas naturais e áreas marinhas protegidas.

Defende ainda que se adote um tratado global "que trave a utilização de plástico, em particular de plásticos descartáveis".

Portugal, considera a Zero, deve garantir que há "planos de gestão das áreas marinhas protegidas adequados" e adotar "com urgência" um sistema de depósito com retorno das embalagens descartáveis de plástico, metal e vidro, adotado em 2018 e que deveria estar a funcionar desde janeiro deste ano" para contrariar o desperdício de "quatro milhões de embalagens" que vão em parte parar aos oceanos e ao ambiente.

Com cerca de "três mil milhões de pessoas" a dependerem dos oceanos para o seu sustento, os mares são também "responsáveis pela produção de mais de 50% do oxigénio" e absorvem um quarto das emissões de dióxido de carbono mundiais.