Artigo atualizado às 00h10 de 9 de setembro

O Benfica indicou esta quarta-feira que a SAD obteve um resultado líquido no exercício de 2020/2021 que ascende a um valor negativo de 17,4 milhões de euros.

De acordo com um comunicado enviado à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), é de "destacar que o mesmo foi obtido num período de extraordinária complexidade, sujeito aos impactos da covid-19, para além da não participação na Liga dos Campeões e do forte investimento realizado no plantel de futebol".

A SAD encarnada também sugere que os "rendimentos com transações de direitos de atletas ascendem a 100 milhões de euros", indicando que "corresponde ao terceiro melhor exercício de sempre alcançado pela Benfica SAD", sendo de destacar "o contributo da transferência do jogador Rúben Dias".

O passivo do Benfica é agora de 379,6 milhões de euros — um aumento de 16,5% face ao final do período homólogo, ou seja, mais de 53 milhões de euros —, o qual o clube encarnado explica que se encontra "principalmente refletido" nas "variações ocorridas nas rubricas de empréstimos obtidos e de fornecedores e outros credores" devido ao investimento no plantel de futebol.

Um aspecto que as águias realçam é o facto de o ativo ascender a 523,3 milhões de euros — um crescimento de 7,4% face ao período homólogo —, o que faz com que seja ultrapassado pela "primeira vez" a barreira do 500 milhões de euros.

As contas

Há um ano, sem pandemia a afetar a totalidade do exercício, as contas refletiram um resultado positivo de 41,7 milhões de euros.

Os rendimentos operacionais chegaram aos 94 milhões de euros - contra quase 140 milhões no exercício anterior -, o que se justifica essencialmente "pela inexistência de receitas de 'matchday', devido à realização de jogos sem público, e pela redução dos rendimentos com prémios distribuídos pela UEFA".

Mesmo com a vultuosa 'venda' de Rúben Dias ao Manchester City, a rubrica de alienação de direitos de atletas cai dos 145 milhões para os 100 milhões de euros.

"Os rendimentos totais ascendem a 204 milhões de euros, sendo de realçar que num exercício marcado pela inexistência de receitas de jogos [...] e pela não participação na Liga dos Campeões, a Benfica SAD conseguiu ultrapassar a fasquia dos 200 milhões de euros, correspondendo ao quarto melhor exercício de sempre" destaca o comunicado enviado à CMVM. Há um ano, esse valor tinha sido de 294,4 milhões.

O valor da dívida líquida da Benfica SAD ascende a 100,9 milhões de euros, o que representa um aumento de 8,8%, "mas que corresponde ao segundo valor mais baixo dos últimos dez exercícios", segundo a SAD.

Quanto ao capital próprio, decresce 10,9%, para 143,7 milhões de euros. Esse valor, para a SAD, "continua a ser um indicador muito positivo, sendo inclusivamente o segundo montante mais elevado de sempre apresentado pela sociedade, que recuperou um valor acumulado de 167,5 milhões de euros do seu capital próprio desde 30 de junho de 2013".

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