“Iremos passo a passo, não sabemos como a situação política vai evoluir. Dependendo do que acontecer, tomaremos as decisões correspondentes”, notou, em conferência de imprensa.

Bach falava aos jornalistas após hoje ter discursado perante a assembleia e mencionado as relações com a Rússia, que se têm “deteriorado”, a proteção de atletas não envolvidos com a invasão russa na Ucrânia, e a situação humanitária em solo ucraniano.

De resto, Bach referiu-se ao “dilema” que a guerra na Ucrânia apresenta ao movimento olímpico, que tem “uma missão que não é política, mas humanitária”.

“Na nossa comunidade, todos somos iguais, e por isso todos os afetados pela guerra merecem a nossa atenção e apoio”, destacou, referindo-se também aos atletas que ficaram banidos de competições.

O presidente do COI defendeu que as sanções aplicadas devem cair sobre quem apoia a guerra, mas também proteger os que não o fizeram, além daqueles que sofrem com “uma lei na Rússia que ameaça com 15 anos de prisão quem se mostrar desfavorável”.

“Para unir o mundo inteiro, o desporto olímpico precisa da participação de todos os desportistas que aceitem as regras, incluindo, e especialmente, se os seus países estão em guerra”, lembrou, advertindo para “sentimentos antirrussos e antibielorrussos” contra atletas, que como o povo russo em geral “não fizeram por começar um conflito”.

“Hoje é a Rússia e a Bielorrússia, amanhã pode ser o país A que não quer competir com o país B”, defendeu.

Longe da política, o compromisso com a paz e o respeito pela Carta Olímpica, que será alterada para deixar mais claros os propósitos de direitos humanos, são o compromisso principal do COI.

Com vários russos na Assembleia, o presidente do Comité Olímpico da Ucrânia, Sergey Bubka, destacou que o fundo internacional criado pela comunidade olímpica para apoiar atletas na Ucrânia já juntou mais de dois milhões de euros.

Outro assunto discutido em conferência de imprensa foi o da tenista chinesa Peng Shuai, que desapareceu, e depois reapareceu, após denunciar uma violação sexual que sofreu às mãos de um antigo membro da direção do Partido Comunista Chinês.

Segundo Bach, a Comissão de Atletas Olímpicos fez “um segundo ou terceiro contacto” com a atleta desde Pequim2022, revelando que Shuai quer “regressar à Europa e visitar Lausana e o Museu Olímpico” em breve.

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