No meio das novelas do mercado, durante o verão, que davam Cristiano Ronaldo como certo fora do Manchester United, ao mesmo tempo que era etiquetado como rejeitado pelos gigantes do futebol europeu, o capitão da seleção nacional anunciou que iria dar uma entrevista para esclarecer todos os acontecimentos. Este domingo, Piers Morgan divulgou excertos dessa entrevista, assim como o The Sun, que será publicada no jornal na segunda-feira e transmitida na quarta e na quinta-feira.

Na conversa com o jornalista britânico, Ronaldo é arrasador: “Não sei se devia dizer isto, mas não me importa. As pessoas deviam ouvir a verdade: sim, senti-me traído, e senti que algumas pessoas não me queriam cá, não só esta época, mas também na última”

"O Manchester United tentou forçar a minha saída. Não só o treinador, mas também outras duas ou três pessoas que estão à volta do clube. Senti-me traído e que também outras pessoas não me queriam no clube. Não só nesta época mas no ano passado também" disse o número sete de Old Trafford.

Sobre o treinador, Ronaldo diz: “Não tenho respeito por ele [Ten Hag] porque ele não mostra respeito por mim. Se tu não tens respeito por mim, eu nunca vou ter respeito por ti”.

O português relata ainda que "Desde que Sir Alex foi embora que não houve evolução no clube, nada mudou”, sublinhando que "o progresso foi zero", referindo a falta de evolução de estruturas e equipamentos.

“Eu acho que os adeptos têm de saber a verdade. Eu quero o melhor para o clube, é por isso que vim para o United”, continua o português, que refere também a incapacidade do clube em não conseguir ser tão competitivo como os rivais no mercado de transferências, dando, como exemplo, a contratação de Ralf Rangnick como erro de casting.

“Se nem sequer és treinador, como podes ser o líder do Manchester United? Nunca tinha ouvido falar dele”, declarou sobre o austríaco.

Confrontado com as críticas que lhe têm sido dirigidas por Wayne Rooney, antigo colega de equipa na primeira passagem pelo clube, Ronaldo disse: "não me compreendo porque é que ele me critica tanto... provavelmente porque já acabou a carreira e eu ainda estou a jogar ao nível mais alto".

Cristiano Ronaldo queixa-se ainda de “falta de empatia” para com ele, quando perdeu um dos filhos no parto de Georgina Rodríguez, nascendo apenas um dos gémeos, e que o clube tenta pintá-lo como “a ovelha negra” do plantel.

Quem ‘escapa’ às críticas são os adeptos dos ingleses. “São o mais importante do futebol e joga-se para eles. Estão sempre do meu lado, são tudo para mim. Por isso, dei esta entrevista, é o momento adequado para dizer o que penso”, acrescentou.

Depois de em abril ter perdido, com a sua companheira, Georgina Rodriguez, um dos filhos gémeos, no parto, Cristiano Ronaldo viveu um verão sem paralelo na carreira, sendo constantemente colocado com um pé fora de Old Trafford por, alegadamente, querer jogar num clube que competisse na Liga dos Campeões, o que não é o caso d Manchester United que na época passada, na Premier League, não foi além de um lugar que desse acesso à Liga Europa, competição onde o português tem somado mais minutos esta época.

A novela levou a que o avançado só integrasse a pré-época do clube na reta final, ficando sistematicamente fora das escolhas de Ten Hag. Ao longo da época, as prestações do português que soma, até agora, apenas três golos e duas assistências, têm ficado aquém do esperado.

A temporada já ficou igualmente marcada por momentos de pouco profissionalismo que contrastam com os relatos da carreira do capitão da seleção portuguesa que vai estar no Qatar, para o Campeonato do Mundo. Num desses casos, Ronaldo recusou-se a entrar nos minutos finais da partida e saiu do estádio antes do apito final.

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