A 10ª participação portuguesa nos Jogos Paralímpicos começa hoje em Tóquio. Depois da estreia em Heidelberg 1972, com uma equipa de basquetebol em cadeira de rodas, a Missão de Portugal apresenta-se no Japão, entre 24 de agosto a 5 de setembro, com 33 atletas a competir em oito modalidades, atletismo, badminton, boccia, canoagem, ciclismo, equestre, judo e natação. Menos 4 atletas e mais uma modalidade em comparação com Rio 2016.

Os homens estão em maioria. 23 para 10 mulheres. Hélder Mestre (individual), atletismo, é o atleta mais velho, 54 anos. Beatriz Monteiro (Académica de Coimbra), a única representante do badminton (modalidade em estreia), a mais nova, 15 anos, faz também ela o debute na competição paralímpica.

Nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 Portugal apresentará 17 estreantes e duas modalidades em estreia: badminton e canoagem (Norberto Mourão e Alex Santos).

Numa comitiva renovada, entre os estreantes, destaque para a natação. Cinco portugueses entram pela primeira vez na água – Daniel Videira, Diogo Cancela, Ivo Rocha, Marco Meneses e Susana Veiga. Acompanham no Centro Aquático de Tóquio o “veterano” David Grachat, que somará a quarta participação paralímpica.

Maria Odete Fiúza (Maratona Clube de Portugal), 48 anos e seis Jogos Paralímpicos no curriculum, Atlanta 1996, Sidney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016 e  José Macedo (Boccia), 49, do Sporting Clube de Braga, com 5 participações, de Atlanta ao Rio, tendo falhado Pequim 2008, são os mais experientes no Japão.

Dos 33 atletas, dois nasceram fora de Portugal. Alex Santos (Brasil) e Djibrillo Iafa (Guiné-Bissau), Judo. O Porto é a cidade mais representada (6), seguida de Lisboa (5).

O Norte mostra a sua força

O peso do norte do país e do Distrito do Porto (Vila Nova de Gaia, Santo Tirso e Santa Maria da Feira) faz-se sentir em Tóquio onde estará também representada a Beira Interior (Mangualde, Nelas e Castro Daire, distrito de Viseu), Minho (Braga e Guimarães), Trás-os-Montes (Vila Real), zona Centro (Oliveira de Azeméis, Coimbra e Leiria), Área Metropolitana de Lisboa (Loures e Sintra), Setúbal, Alentejo (Castro Verde),  Algarve (Lagos) e Açores (Angra do Heroísmo).

O Futebol Clube do Porto leva dois atletas de boccia (Pedro Clara e Carla Oliveira) e é, entre os clubes, o mais representado. Na mesma modalidade, o Sporting Clube de Braga leva um atleta (José Macedo), o mesmo número de Sporting Clube de Portugal, Carina Paim (atletismo), Vitória Sport Club (Guimarães), o maratonista Manuel Mendes e a Associação Académica de Coimbra (Beatriz Monteiro).

Espaço ainda para dois clubes “especializados”, o Maratona Clube de Portugal (Maria Odete Fiúza, Maratona) e o Efapel Cycling Team (equipa profissional de ciclismo com secção de paraciclismo), Telmo Pinão, vice-campeão europeu de fundo em paraciclismo, na Áustria.

Para além da filiação clubista, há quatro atletas individuais, Norberto Mourão (paraciclismo), Alex Santos e Luís Costa (paracanoagem) e Hélder Mestre (atletismo) e uma empresa municipal (GesLoures), David Grachat e Daniel Videira (Natação) e Instituições Particulares de Solidariedade Social.

A Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC), boccia, terá o maior contingente de atletas em solo nipónico. Abílio Valente, Nelson Fernandes, Avelino Andrade (e parceiro de competição Jorge Cardoso) e Manuel Cruz.

Costa pede a meta das 100 medalhas

O contrato-programa de preparação para os Jogos Tóquio2020 celebrado entre o Comité Paralímpico de Portugal e o Governo, ascende aos 6,1 milhões de euros, o dobro da verba disponibilizada para o Rio 2016. As bolsas e os valores dos prémios atribuídos aos atletas paralímpicos é equiparado ao dos atletas olímpicos.

A meta para Tóquio 2020 está traçada. Quatro medalhas e 22 diplomas, “mas é preciso lembrar que esses objetivos foram estabelecidos antes da pandemia”, referiu à Lusa,  Leila Marques, chefe da missão portuguesa, colocando água na fervura no otimismo do primeiro-ministro.

Na Cidade do Futebol, durante a cerimónia de despedida da missão, António Costa, apontou, em forma de desejo, que Portugal chegue às 100, sendo que atualmente, a nível de “medalheiro” e nas 10 participações em Jogos Paralímpicos, Portugal soma 92 medalhas.

O atletismo, com 53, o boccia, 26, e a natação, nove, são as três modalidades com mais pódios. Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a comitiva portuguesa arrecadou quatro medalhas de bronze, conquistadas no atletismo e no boccia.

A atleta de badminton Beatriz Monteiro e o lançador do peso Miguel Monteiro serão os porta-estandarte na cerimónia de abertura.

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