João Almeida, atual campeão luso da especialidade, foi o melhor representante português, ao terminar a 3.29 minutos do vencedor, na 16.ª posição, enquanto Nelson Oliveira acabou a 3.55, no 21.º lugar.

O esloveno Primoz Roglic, de 31 anos, cumpriu os 44,2 quilómetros em circuito em Fuji em 55.04 minutos, 1.01 minutos mais rápido do que o holandês Tom Dumoulin, que ficou com a prata - tal como no Rio2016 -, e 1.04 em relação ao australiano Rohan Dennis, medalha de bronze, apenas centésimos mais rápido do que o suíço Stefan Küng, de fora das medalhas por menos de um segundo.

“Não foi aquilo que esperava depois de tanto sacrifício nos últimos tempos. Deixei muita coisa para trás, muito tempo sem a família. É o que custa mais. É um sonho estar nos Jogos e sinto-me grato, agradeço a toda a comitiva. As coisas nem sempre saem como queremos. No ciclismo, há vitórias e derrotas, temos de saber lidar com elas e ir para a frente. Outros objetivos virão”, analisou.

Quanto à prova em si, admitiu que “as sensações no início até eram boas”, mas o trajeto duro e extenso exigia “uma prova bastante regular” e sabia já “que com o calor e humidade se ia quebrar no final”.

“Os outros foram melhores, não há muito a dizer”, atirou.

Ainda assim, o português não escondeu o “orgulho de levar” a camisola de Portugal e de tentar orgulhar “todos os portugueses que apoiam em casa”, mesmo que a situação seja difícil porque nem sempre dá para conseguir “dar o que querem”.

“Sei que nos apoiam. Muitas vezes, não conseguimos, mas por detrás está muito sacrifício e muita for. Fica a família e os amigos para trás...”, refletiu.

A três anos de Paris2024, no que seria uma quarta participação em Jogos, depois de Londres2012 e do ponto alto no Rio2016, com o sétimo lugar no ‘crono’, não enjeita nova tentativa, “se tiver oportunidade e sentir competitivo”.

“Esperemos ter mais atletas no ciclismo. Se estiver competitivo, terei todo o gosto”, atirou.

Para já, para o resto da temporada 2021, ao serviço da Movistar, tem dois objetivos principais, a Volta a Burgos, que começa já no dia 03 de agosto, não lhe deixando “muito tempo para descanso”, seguindo-se a Volta a Espanha, depois de este ano já ter corrido a Volta a Itália.

Na prova de fundo, Almeida tinha sido 13.º classificado, na estreia olímpica, e Oliveira conseguiu o 41.º posto.

Na participação do ciclismo português, falta apenas entrar em ação Maria Martins, numa inédita participação no ciclismo de pista, para o omnium, em 08 de agosto, último de Jogos Olímpicos Tóquio2020.

No ‘cross country’ olímpico, Raquel Queirós foi 27.ª classificada, também em estreia nos Jogos.