Ocon, que partiu da oitava posição, deixou o segundo classificado, o alemão Sebastian Vettel (Aston Martin) na segunda posição, a 1,859 segundos, enquanto Lewis Hamilton foi terceiro, a 2,736 segundos, com o holandês Max Verstappen (Red Bull) a não ir além da 10.ª posição.

A chuva abateu-se sobre o circuito húngaro antes do arranque, forçando todos os pilotos a montar pneus intermédios. Depois de falhar o arranque, Bottas viu-se ultrapassado pelo britânico Lando Norris e pelo mexicano Sérgio Pérez (Red Bull), acabando por falhar a travagem e embatendo na traseira do McLaren de Norris.

Esse toque provocou uma série de choques em cadeia, que deixaram fora de prova Norris (embateu no Red Bull de Verstappen, que ficou danificado, mas continuou), Pérez e o monegasco Charles Leclerc (Ferrari).

A prova foi interrompida à terceira volta para permitir a limpeza do asfalto, que, com o sol a abrir, começou também a secar.

Quando os pilotos alinharam para a nova partida, apenas Lewis Hamilton, por indicação dos engenheiros, se manteve em pista com pneus intermédios, enquanto todos os outros foram às boxes montar pneus sliks (lisos), próprios para piso seco.

Pela primeira vez, a grelha de partida foi composta por um único carro, o de Hamilton.

“Durante a volta de formação fui dizendo à equipa como estava o asfalto, mas eles diziam-me que ia voltar a chover e eu pensei que teriam mais informação do que eu”, explicou, no final, o britânico, que teve de entrar nas boxes na volta seguinte, caindo para 14.º e último do pelotão.

Ocon ascendeu à liderança à quinta volta, para não mais ceder o comando, nem sob o intenso ataque do alemão Sebastian Vettel.

“Tentei, tentei, tentei a corrida toda. Apesar de estarmos mais rápidos não consegui [ultrapassar Ocon]”, lamentou o antigo campeão mundial.

Hamilton mostrou-se o mais rápido em pista ao longo do resto da corrida e encetou uma recuperação que poderia ter culminado com a vitória, mas os esforços do campeão esbarraram no espanhol Fernando Alonso (Alpine).

O asturiano, que foi quinto classificado, susteve o ataque de Hamilton durante 11 voltas e impediu a recuperação plena do piloto da Mercedes.

Com o tempo perdido atrás do antigo bicampeão mundial, que este fim de semana festejou 40 anos e foi considerado o piloto do dia, Hamilton não conseguiu ir além do terceiro posto, à frente do espanhol Carlos Sainz (Ferrari).

O holandês Max Verstappen (Red Bull) foi 10.º, salvando um ponto apesar dos danos sofridos no seu monolugar devido ao incidente do início da corrida.

Assim, Hamilton voltou ao comando do campeonato, tendo agora 192 pontos, mais seis do que Verstappen, que somou apenas um ponto nas duas últimas corridas.

O campeonato entra agora na pausa de verão, regressando em 29 de agosto, no GP da Bélgica.