“Estamos centrados no processo do jogo e todos os jogadores têm sido inexcedíveis. Os jogos com Espanha e Israel têm a ver com este processo aquisitivo. Não vai haver nenhum exame a nenhum jogador para o jogo com a Hungria. Isso é sempre muito redutor”, disse o técnico português, sublinhando: “Há jogadores que vão jogar amanhã [quarta-feira] que não jogaram com Espanha e da mistura das duas equipas vai sair a equipa para o jogo com a Hungria”.

Na conferência de imprensa de antevisão do último desafio particular antes do Campeonato da Europa, Fernando Santos vincou que o embate com a congénere israelita é útil para “explorar todos os aspetos” e fez questão de esclarecer que um eventual resultado negativo não altera as suas perspetivas e ambições para o Euro2020.

“A mim não coloca dúvida nenhuma. Se não ganhássemos ficaríamos obviamente chateados, mas isto é um jogo e um Campeonato da Europa é diferente. É tudo diferente, mentalmente. Em 2016 perdemos com a Bulgária e disseram que não íamos lá fazer nada”, explicou, passando de seguida a tecer vários elogios ao adversário húngaro.

“Não nos podemos esquecer da Hungria, que é uma equipa forte, que luta muito e nunca dá o jogo por perdido. Sabemos aquilo que aconteceu no Euro2016 [empate 3-3 no último jogo da fase de grupos], era o mais fácil e foi o mais perigoso. Podíamos ter ficado de fora nesse jogo”, notou, continuando: “E o primeiro jogo é sempre muito importante, encerra sempre um grau de dificuldade elevado”.

Por outro lado, o selecionador nacional garantiu também não estar “nem mais nervoso, nem mais condicionado” para esta prova do que em 2016.

“Vou com a mesma convicção. Quando cheguei, afirmei logo essa convicção e disse que Portugal era candidato a vencer o Euro2016. Continuo a afirmar essa convicção de que Portugal é candidato a vencer o Euro2020 e é com esse objetivo que vamos lá. Sabemos o grau de dificuldade e sabemos que não é matemática pura. Temos de ser melhores do que os adversários e aí teremos maior probabilidade de ter sucesso”, frisou.

E para alcançar esse êxito, Fernando Santos definiu a fórmula de sucesso num “‘nós’ perfeito”, enaltecendo a postura coletiva dos jogadores em detrimento de ambições individuais.

“Resolve-se como em 2016: fazer um ‘nós’ perfeito, dentro e fora de campo, com todos a trabalhar no mesmo sentido. Se formos pelo pensamento individual, vamos ganhar zero. Os meus jogadores, felizmente até hoje, conseguiram criar esse ‘nós’ perfeito”, referiu.

Em relação ao processo de vacinação da comitiva portuguesa contra a covid-19, o técnico da ‘equipa das quinas’ começou por evitar alongar-se em comentários, mas disse já ter dado o “exemplo” e apelou à vacinação dos portugueses.

“Não sei o que a vacinação nos traz de diferente, não está provado que alguém que seja vacinado não possa testar positivo. Sei que quem, como eu, já foi vacinado tem muito menos probabilidade de passar pior. Aquilo com que me sinto seguro é com o que tem sido feito aqui: o cumprimento escrupuloso das normas da Direção-Geral da Saúde. Pedia a todos os portugueses que se vacinassem pelo bem deles. Eu já o fiz, dei o exemplo”, concluiu.

No treino após a conferência de imprensa, no qual o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, marcou presença, foi possível ver que os 26 jogadores estiveram disponíveis às ordens do selecionador nacional, realizando o aquecimento e alguns exercícios de circulação de bola nos 15 minutos abertos à comunicação social.

O jogo particular de Portugal contra Israel está marcado para esta quarta-feira, às 19:45, no Estádio José Alvalade.

Portugal, que é o detentor do troféu, integra o Grupo F do Euro2020, juntamente com Hungria, Alemanha e França, tendo estreia marcada na competição para 15 de junho, diante dos húngaros, em Budapeste, antes de defrontar os germânicos, em 19, em Munique, e os franceses, em 23, novamente na capital magiar.

O Euro2020, que foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, realiza-se em 11 cidades de 11 países diferentes, entre 11 de junho e 11 de julho.

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