“É muito difícil jogar assim. Temos uma guerra que está a destruir o nosso país. Mulheres e crianças estão a morrer todos os dias devido a ataques de russos bárbaros. Nós, ucranianos, queremos e precisamos do vosso apoio. Espero que aquilo que está a acontecer connosco jamais aconteça convosco”, afirmou Oleksandr Petrakov, em conferência de imprensa, em Cardiff, dirigindo-se aos jornalistas presentes.

Sobre o jogo com os galeses, o treinador ucraniano considerou que a sua equipa teve as melhores oportunidades, mas “infelizmente” não conseguiu chegar ao golo.

“Fizemos tudo o que podíamos. Lamentamos não termos marcado, mas é o futebol. Acontece”, referiu.

O médio Oleksandr Zinchenko afirmou mesmo que o melhor em campo foi Wayne Hennessey, guarda-redes do País de Gales, e também abordou a situação do seu país e a invasão russa.

“Agora é a Ucrânia, mas quem sabe o que acontecerá amanhã. Devemos e temos de ficar juntos. Todos temos de continuar a lutar. Como futebolistas, temos de representar o nosso país da melhor forma possível”, disse o jogador do Manchester City.

O País de Gales qualificou-se hoje para a fase final do Campeonato do Mundo, 64 anos depois, ao bater em Cardiff a Ucrânia por 1-0, na final do caminho A do ‘play-off’ europeu.

Um autogolo de Yarmolenko, aos 34 minutos, a desviar um livre de Gareth Bale, selou o apuramento dos galeses, que só tinham estado no Mundial em 1958, ano em que terminaram no sexto lugar, ao perderem nos ‘quartos’ com o Brasil (0-1), ‘culpa’ de Pelé.

A formação britânica é a 13.ª e última seleção europeia a garantir o apuramento, juntando-se a Alemanha, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, Países Baixos, Polónia, Portugal, Sérvia e Suíça.

Na fase final, também já estão cinco seleções de África (Camarões, Gana, Marrocos, Senegal e Tunísia), quatro da América do Sul (Argentina, Brasil, Equador e Uruguai), cinco da Ásia (Arábia Saudita, Coreia do Sul, Irão, Japão e o anfitrião Qatar) e três da CONCACAF (Canadá, Estados Unidos e México).

As últimas duas vagas serão para os vencedores de dois ‘play-offs’ intercontinentais, um entre os quintos de Ásia (Austrália ou Emirados Árabes Unidos, que se defrontam na terça-feira) e América do Sul (Peru), em 13 de junho, e outro entre Costa Rica e Nova Zelândia, em 14.

O Mundial de 2022 realiza-se no Qatar, de 21 de novembro a 18 de dezembro.

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